Para Irapuan, geração do politicamente correto deu força ao crime

O ex-governador Irapuan Costa Júnior assumiu ontem a Secretaria de Segurança Pública afirmando que a geração do ‘politicamente correto deu força aos criminosos durante 20 anos e limitou o poder dos policiais”, o que será revertido agora em sua gestão. Ele afirmou que assume a nova missão com motivação e compreensão. “Sei de todos os riscos que os policiais enfrentam. Vamos dar continuidade ao trabalho de combate à criminalidade iniciado por meus antecessores”, lembrando-se do vice-governador José Eliton e de Ricardo Balestreri, a quem chamou de Roberto Balestreri mais de uma vez.

Balestreri agora é secretário-chefe do Gabinete de Assunto Estratégicos. “Reunimos esforços para avançar ainda mais no combate à criminalidade e na prevenção da violência”, afirmou o vice-governador José Eliton. O governador Marconi Perillo lembrou que, apesar da forte crise nacional, o Governo de Goiás realizou os ajustes necessários para honrar todos os compromissos com uma área tão importante. “A Segurança Pública é uma área estratégica e nos esforçamos diariamente para fortalecê-la”.

Marconi elogiou o trabalho de Ricardo Balestreri na SSP. “Foi um grande acerto trazê-lo para o governo. Tenho certeza que desempenhará a nova missão com muita competência”, disse. O governador também desejou sorte ao ex-governador Irapuan Costa Júnior. “É um homem forte e experiente”, destaca.

O professor Ricardo Balestreri afirmou que, ao assumir o Gabinete de Assuntos Estratégicos, vai trabalhar para transformar, para melhor, a vida das pessoas.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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