Pará: Policiais penais sofrem série de atentados

Nas últimas 24 horas, mais três policiais penais do Pará foram perseguidos e alvejados por integrantes de facção criminosa que atua no país com forte presença no estado. Em um dos casos, que aconteceu na manhã de segunda-feira (12) o agente policial penal estava chegando em sua residência quando foi recebido com tiros. Seu quadro é estável.

Na noite de domingo (11), dois agentes policiais penais perceberam a movimentação dos criminosos próximo às suas residências e, logo, os bandidos fugiram.

Já na na noite do último sábado (10), mais um policial penal temporário foi vítima do crime organizado. Wellington Cláudio Lima Coimbra foi covardemente asssassinado no Grajaú, região metropolitana de Belém. Wellington tinha 38 anos, deixou esposa e filhos. Bandidos chegaram de moto, invadiram a casa do policial penal e o assassinaram com diversos tiros, na frente da família.

Embora o governo do Estado do Pará, por meio da Secretaria de Administração Penitenciária, emita comunicados alertando os servidores da Polícia Penal sobre possíveis ataques do crime organizado, essas informações não são efetivas, considerando que grande parte desses atentados ocorre nas residências.

Diante disso, a Associação dos Policiais Penais do Brasil (AGEPPEN-BRASIL), tem cobrado do governador do estado, Helder Barbalho, um Plano de Segurança e proteção à vida dos Policiais Penais. Mais de 20 atentados e 11 assassinatos de policiais penais já foram registrados nos últimos 9 meses.

Até o momento os policiais penais paraenses não receberam um plano eficaz do Estado que possa prevenir e impedir a matança no estado.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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