O Paraguai desmantelou um esquema criminoso nesta segunda-feira que abastecia o Comando Vermelho com armas e drogas. Este esquema operava utilizando uma importadora de veículos de luxo em Assunção. Os automóveis eram modificados para transportar os itens ilegais até as favelas do Rio de Janeiro. Durante a operação, agentes descobriram uma parede falsa dentro do escritório da empresa, escondendo parte do material ilícito.
Os principais suspeitos identificados pela Secretaria Nacional Antidrogas são Víctor Manuel Greco Céspedes, dono e financiador da empresa de fachada, e Gustavo Alejandro González Díaz, conhecido como “Chaco”, operador logístico do esquema. Greco delegava a Chaco a modificação dos veículos utilizados no transporte, enquanto as investigações indicaram que Chaco viajava frequentemente à Bolívia para adquirir armamentos. Os itens eram desmontados para passar despercebidos pelas autoridades durante a entrada no Paraguai.
Dentre os materiais apreendidos durante a operação estavam munições de calibre .50, porções de cocaína, maconha e componentes de fuzis automáticos e semiautomáticos. Essa atividade criminosa foi desarticulada pelas autoridades paraguaias, evidenciando a complexidade e sofisticação do esquema. Além disso, no final de outubro, o governo do Paraguai intensificou o policiamento na fronteira com Foz do Iguaçu, devido a alertas sobre possíveis fugas de traficantes após megaoperação policial no Rio de Janeiro.
A proteção das fronteiras entre o Brasil e o Paraguai tornou-se uma preocupação prioritária, com o aumento do controle de veículos e o patrulhamento marítimo pelo rio Paraná. O governador do Paraná, Ratinho Junior, cobrou uma fiscalização mais rigorosa nas fronteiras interestaduais para evitar a entrada de armamentos e drogas no país. A segurança do território e a prevenção de crimes transfronteiriços tornaram-se pontos fundamentais na agenda governamental diante do cenário de criminalidade organizada.
A colaboração entre os órgãos de segurança nacionais e internacionais é essencial para combater o tráfico de armas e drogas e desmantelar esquemas como o desmascarado no Paraguai. A atuação conjunta das autoridades tem como objetivo evitar o financiamento de organizações criminosas, como o Comando Vermelho, e proteger a população contra os malefícios dessas atividades ilícitas. O enfrentamento ao crime organizado requer esforços contínuos e coordenados em todas as esferas governamentais e de segurança pública. Qualquer estrutura criminosa que utilize fronteiras como rotas de contrabando deve ser combatida com rigor e determinação para garantir a ordem e a segurança de ambas as nações.
