Das 85 pessoas que morreram por gripe no Paraná, apenas 9 tomaram a vacina; governo declarou estado de alerta para doença.
Desde o início de 2025, foram confirmados 10.635 casos e 523 óbitos por Síndromes Respiratórias Agudas Graves no Paraná. Destes, 991 casos e 85 óbitos são de Influenza.
Paraná está em estado de alerta por causa de doenças respiratórias [https://s01.video.glbimg.com/x240/13660048.jpg].
Paraná está em estado de alerta por causa de doenças respiratórias.
Das 85 pessoas que morreram por conta da Influenza no Paraná, apenas 9 tinham tomado a vacina contra a gripe, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
Desde o início de 2025, foram confirmados 10.635 casos e 523 óbitos por Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAGs) no Paraná. Destes, 991 casos e 85 óbitos são de Influenza.
A situação levou a declaração de um alerta de urgência pelo Governo do Estado, que determinou uma série de medidas que deverão ser adotadas pelos municípios para a prevenção e o controle das doenças, assim como atendimento prioritário para pacientes com sintomas de SRAG e novas medidas para reforçar a vacinação em grupos prioritários. O alerta tem validade de 90 dias.
A resolução também reforça a importância da vacinação contra a gripe influenza, principal forma de prevenção da doença. A vacinação está aberta para toda a população acima de seis meses de idade.
Apesar disso, a cobertura vacinal no Paraná está baixa: apenas 42,11% do grupo prioritário de gestantes, crianças e idosos procurou pela imunização. A meta do Ministério da Saúde é atingir 90% de cada um destes grupos.
LOTAÇÃO DOS HOSPITAIS E NOVOS LEITOS. Serão 58 novos leitos em cidades do Paraná.
O aumento nos registros de casos de síndromes respiratórias no Paraná levou a contratação de 58 novos leitos para atender a demanda. A medida, anunciada no fim de maio, busca atender, especialmente, os casos de crianças que precisam de internação.
Segundo a Sesa, em 2025, o número de internações por SRAG por faixa etária de crianças e idosos está maior do que no ano anterior.
Os novos leitos serão instalados a partir da próxima semana em hospitais com atendimentos dentro do SUS, nas cidades de Campo Largo, Região Metropolitana de Curitiba, Ponta Grossa, nos Campos Gerais, e São Miguel do Iguaçu, no oeste do estado e pertencente à regional de saúde de Foz do Iguaçu. Veja a distribuição: Ponta Grossa – 10 novos leitos (três Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e dez leitos de enfermaria) – Hospital do Coração Bom Jesus; Campo Largo – 20 novos leitos pediátricos – Hospital Infantil Waldemar Monastier; São Miguel do Iguaçu – 25 novos leitos pediátricos – Hospital Madre de Dio.
BUSCA POR REMÉDIOS CONTRA GRIPE TAMBÉM AUMENTOU. O estado registrou também um aumento na busca pelo remédio Tamiflu nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).
Em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, a distribuição do medicamento nas Unidades Básicas de Saúde aumentou nos últimos dois meses. Com o aumento da demanda, a Sesa solicitou ao governo federal um novo repasse e está aguardando a liberação de novos lotes do medicamento. A procura pelo Tamiflu cresceu após o aumento nos casos de doenças respiratórias no Paraná. Em abril, foram entregues 800 comprimidos. Em maio, o número subiu para 5 mil. De janeiro a maio, o Paraná recebeu do Ministério da Saúde 1,281 milhão de comprimidos do medicamento – 6,88% a mais do que no mesmo período de 2024, quando foram entregues 1,198 milhão de unidades.