Paranaense enganado na Ucrânia: Voluntário quer sair da guerra após promessa de tecnologia militar

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‘Vim para a Ucrânia como voluntário com a promessa de trabalhar com tecnologia
militar’, diz paranaense que tenta deixar a guerra

Lucas Felype, de 20 anos, afirma ter sido enganado após se alistar online. Ele
diz que foi enviado para zona de combate e que não consegue retornar ao Brasil
por conta de contrato com o país.

Paranaense quer deixar guerra na Ucrânia, mas contrato exige seis meses de
treinamento [https://s04.video.glbimg.com/x240/13792311.jpg]

Paranaense quer deixar guerra na Ucrânia, mas contrato exige seis meses de
treinamento

O paranaense Lucas Felype Vieira, de 20 anos, diz ter sido enganado ao se
alistar como voluntário para atuar na guerra
[https://de.de.globo.com/pr/oeste-sudoeste/noticia/2025/07/27/paranaense-quer-deixar-guerra-na-ucrania-mas-contrato-exige-seis-meses-de-treinamento-minha-preocupacao-e-que-eu-nao-consiga-mais-sair.ghtml]
da Ucrânia. Natural de Francisco Beltrão
[https://de.de.globo.com/pr/oeste-sudoeste/cidade/francisco-beltrao/], no sudoeste
do Paraná, ele viajou ao país europeu em maio deste ano sob a promessa de
trabalhar com tecnologia militar, especialmente com drones.

“Vi um vídeo na internet que mostrava que dava para atuar com drones na guerra.
Isso me interessou porque é uma área que gosto. Também queria uma oportunidade
de recomeçar”, disse ao DE [https://de.de.globo.com/pr/parana/].

Lucas conta que, antes da decisão, trabalhava no Brasil em turnos da madrugada,
na escala 6×1 e enfrentava um período difícil após a morte da mãe, no fim do ano
passado.

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“Foi extremamente triste para mim. Ela me criou praticamente sozinha. Depois que
ela se foi, comecei a questionar o sentido da vida”, afirmou.

Com isso, optou por se alistar. Passou por entrevistas ainda no Brasil e foi
aprovado. Segundo ele, todo o processo foi focado na área militar, especialmente
na tecnologia. “Não falamos muito sobre outras questões da guerra”, disse.

* Drama: Mães de desaparecidos na guerra sofrem com críticas aos filhos nas
redes
[https://de.de.globo.com/pr/campos-gerais-sul/noticia/2025/07/18/maes-de-paranaenses-desaparecidos-na-guerra-da-ucrania-sofrem-com-criticas-aos-filhos-nas-redes-nao-pensam-em-uma-mae-lendo.ghtml]
* ‘Turismo de guerra’: Como exército ucraniano está recrutando brasileiros para
combates
[https://de.de.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/2025/07/27/turismo-de-guerra-como-exercito-ucraniano-esta-recrutando-brasileiros-para-combates-contra-russia.ghtml]

Ao chegar à Ucrânia, Lucas afirma ter encontrado uma realidade diferente de
trabalho. Após os treinamentos iniciais, Lucas foi realocado para um batalhão de
infantaria em Kharkiv, uma das regiões mais afetadas pelo conflito com a Rússia.

“Vim para a Ucrânia como voluntário com a promessa de trabalhar com tecnologia
militar, principalmente na área de drones. Desde que cheguei, tudo mudou. Estão
me empurrando para funções de infantaria. Disseram que é treinamento, mas não
acredito mais nisso. Estão colocando uma arma na minha mão e me levando para uma
zona de guerra sem meu consentimento”, afirmou em vídeo publicado nas redes
sociais.

JOVEM QUER DESISTIR DA GUERRA E VOLTAR AO BRASIL

Lucas conta que quer voltar ao Brasil, mas o contrato assinado com o Ministério
da Defesa da Ucrânia estabelece um período mínimo de seis meses de permanência,
o que o impede de sair do país antes do fim do treinamento.

Ele procurou a Embaixada do Brasil em Kiev, mas foi informado de que as
autoridades brasileiras não podem interferir no caso.

O DE entrou em contato com a Embaixada e com o Ministério das Relações
Exteriores, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

1 de 1 Lucas compartilha nas redes sociais medo de ir para linha de frente do
conflito — Foto: Arquivo pessoal

Lucas compartilha nas redes sociais medo de ir para linha de frente do conflito
— Foto: Arquivo pessoal

Leia também:

* Investigação: Sul-africana morta por namorado estrangeiro em Curitiba relatou
agressões dele nos EUA nove meses antes do assassinato
[https://de.de.globo.com/pr/parana/noticia/2025/07/28/sul-africana-morta-namorado-estrangeiro-curitiba-relatou-agressao-eua-meses-antes.ghtml]
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meio por trem
[https://de.de.globo.com/pr/parana/noticia/2025/07/26/video-passageiro-escapa-de-trem-que-partiu-onibus-curitiba.ghtml]
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afetadas
[https://de.de.globo.com/pr/campos-gerais-sul/noticia/2025/07/26/apos-anuncios-de-demissoes-e-ferias-coletivas-governo-do-pr-promete-medidas-para-ajudar-empresas-afetadas-pelo-tarifaco-de-trump.ghtml?mrfhud=true]

A GUERRA ENTRE RÚSSIA E UCRÂNIA

Rússia e Ucrânia fazem 4ª rodada de negociações para tentar trégua na guerra
[https://s03.video.glbimg.com/x240/13780410.jpg]

Rússia e Ucrânia fazem 4ª rodada de negociações para tentar trégua na guerra

A guerra na Ucrânia começou em fevereiro de 2022, quando o presidente russo,
Vladimir Putin [https://de.de.globo.com/tudo-sobre/vladimir-putin/], autorizou uma
ofensiva militar contra o território ucraniano. Desde então, o conflito provocou
milhares de mortes, milhões de refugiados e intensos combates, especialmente no
leste e sul do país.

A Ucrânia conta com apoio militar, financeiro e humanitário de países
ocidentais, como os Estados Unidos e a União Europeia. A Rússia, por outro lado,
enfrenta sanções econômicas internacionais. Até hoje, não há perspectiva
concreta de fim do conflito.

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50 vídeos [https://de.de.globo.com/pr/parana/playlist/videos-mais-assistidos-do-de-pr-nos-ultimos-7-dias.ghtml]

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