Parceira vai levar energia solar a escolas goianas

O deputado federal Daniel Vilela (PMDB) firmou parceria com a organização não-governamental Greenpeace para financiar a instalação de painéis fotovoltaicos em escolas públicas de Goiás. O projeto, batizado de Escolas Solares, é financiado com emendas parlamentares ao Orçamento da União e este ano somou R$ 2,6 milhões, que serão distribuídos para cinco estados (além de Goiás, Piauí, Rio de Janeiro, Pará e Espírito Santo).

Junto com o Piauí, Goiás é o Estado onde o projeto contará com maior volume de recursos: R$ 500 mil, integralmente de emenda apresentada por Daniel Vilela. Segundo o Greenpeace, cada instalação nas escolas deve custar entre R$ 65 mil e R$ 70 mil. As unidades beneficiadas no Estado ainda não foram definidas e a aplicação dos recursos será administrada pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

“Vamos até o final do mês definir quais escolas receberão este benefício, para que o trabalho de instalação seja concluído até o final do semestre, conforme prevê o cronograma do Greenpeace”, informa Daniel Vilela, que é presidente da Comissão Mista de Mudanças Climáticas (CMMC) do Congresso Nacional.

“Além de gerar economia para o poder público e permitir que os recursos que sobrarem sejam reinvestidos nos alunos, este projeto tem como efeito despertar uma maior consciência de sustentabilidade nas pessoas, especialmente nas crianças que frequentam estas escolas”, afirma o deputado, ressaltando que a iniciativa ainda é um piloto e que a meta é ampliá-la no próximo ano.

“A ideia é no próximo ano ajudarmos o Greenpeace a ampliar o orçamento para o Escolas Solares, buscando também outras fontes de financiamento além de emendas parlamentares”, afirma Daniel Vilela. Além dele, apresentaram emendas para contribuir com o Escolas Solares os deputados Alessandro Molon (Rede-RJ), Edmilson Rodrigues (PSOL-PA), Jorge Silva (PHS-ES) e a senadora Regina Sousa (PT-PI).

Até hoje, segundo reportagem do jornal O Estado de São Paulo publicada no dia 16 de janeiro, somente duas escolas municipais receberam o benefício no País: uma em Itaquera (SP), e outra em Uberlândia (MG). Os projetos foram financiados por meio de doações pela internet. Na escola mineira, a instalação de 48 placas fotovoltaicas, em abril de 2015, resultou numa economia média de 75% na conta de energia, caindo de R$ 1,3 mil para R$ 300.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp