Parceria possibilita mais eficiência na atuação dos órgãos de controle

TCM, TCE e CGE trabalham em conjunto para apurar irregularidades

Os órgãos de controle têm estabelecido novas parcerias e fortalecido as já existentes, no trabalho de fiscalização dos atos, obras e serviços públicos.  O Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás (TCMGO) realizou no bairro Buriti Sereno, dia 19 de outubro, inspeção para averiguação de possíveis irregularidades no termo aditivo de contrato firmado entre a prefeitura de Aparecida de Goiânia e o consórcio de empresas de engenharia responsável pelas obras de pavimentação urbana, incluindo terraplenagem, calçamento e meio-fio, no município. Fruto de cooperação entre TCMGO, Controladoria Geral do Estado (CGE) e Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO), a vistoria contou com apoio do laboratório móvel do TCE-GO para avaliar a extração de seis amostras dos materiais usados na mistura asfáltica.

A inspeção foi executada por um grupo de auditores integrado pelos servidores do TCMGO Hélen Regina Capucho e Marcos Vinícius Padovani Guerra.

A  parceria  firmada entre os Tribunais de Contas dos Municípios e do Estado tem como objetivo a integração de trabalhos e o uso dos equipamentos de topografia e do laboratório de solos e pavimentos do  TCE-GO.

O auditor de controle externo da Secretaria de Fiscalização de Obras e Serviços de Engenharia do TCMGO, Pedro de Albuquerque Maranhão, explica que o Tribunal tem dado prioridade para a fiscalização de obras na fase de execução. “Isso possibilita que as irregularidades encontradas sejam corrigidas antes que os contratos sejam concluídos e totalmente pagos, ou sanadas ainda no período de garantia da obra”, afirma.

A cooperação entre as instituições de controle e fiscalização, com o compartilhamento de conhecimentos e equipamentos, propicia uma atuação mais eficiente na fiscalização das despesas municipais com infraestrutura e serviços de engenharia.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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