Parecer da CBF sobre gol em Vasco x Sport cita empurrão, mas conclui que não houve falta

Avaliação do Comitê Consultivo de Especialistas Internacionais indica que o movimento dificultou a ação do zagueiro do Leão, mas afirma que, se fosse inverso, não seria pênalti; entenda

De acordo com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a decisão do Comitê Consultivo de Especialistas Internacionais (CCEI) sobre o segundo gol do Vasco na vitória por 3 a 1 sobre o Sport, em jogo válido pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro, foi divulgada recentemente. O lance gerou reclamações dos torcedores rubro-negros, que alegaram falta de Vegetti sobre o zagueiro Lucas Cunha, porém, o árbitro Wilton Pereira Sampaio confirmou o gol após revisão no VAR. Segundo o parecer, embora tenha ocorrido um empurrão por parte do atacante, a interpretação é de que não houve falta.

O Comitê Consultivo de Especialistas Internacionais (CCEI) é uma comissão formada pelos ex-árbitros Nicola Rizzoli, Néstor Pitana e Sandro Meira Ricci, que analisam os lances polêmicos das rodadas da Série A do Campeonato Brasileiro. No documento divulgado, foi descrito que Vegetti usou o braço direito para buscar espaço, empurrando o defensor nas costas, o que dificultou sua ação na disputa de cabeça. A análise do comitê indicou que, se a situação fosse inversa, com um defensor cometendo a ação sobre um atacante, também não seria considerada falta.

Antes da divulgação do parecer técnico, a CBF compartilhou as imagens e os áudios da revisão do VAR. O material mostrou que apenas um ângulo foi apresentado ao árbitro Wilton Pereira Sampaio durante a revisão, e a equipe concentrou sua análise no contato entre Vegetti e Lucas Cunha na região do quadril, sem considerar o empurrão com o braço no rosto do zagueiro. Os comentaristas de arbitragem da TV Globo, PC Oliveira, criticaram a decisão do VAR, afirmando que o árbitro não teve acesso aos melhores ângulos durante a revisão.

Durante a comunicação com o árbitro, a equipe do VAR afirmou que o contato ocorreu no quadril do jogador e não houve empurrão. No entanto, o ângulo alternativo, captado por uma câmera posicionada atrás do gol, mostrou o toque de Vegetti no rosto do defensor antes do cabeceio. Para PC Oliveira, esse foi o erro central da análise, e se o árbitro tivesse visto essa imagem, poderia ter alterado sua decisão. O comentarista destacou que o VAR tem acesso a todos os ângulos e que a escolha das imagens foi inadequada na revisão.

Diante de toda a polêmica envolvendo o lance, fica evidente a importância da arbitragem correta e da utilização adequada das tecnologias de vídeo. O parecer da CBF, a análise do VAR e as críticas dos especialistas revelam a complexidade e a subjetividade das decisões no futebol. A transparência e a precisão nas revisões são fundamentais para garantir a justiça no esporte e evitar controvérsias como a gerada pela partida entre Vasco e Sport. A discussão sobre os critérios de avaliação dos lances e a interpretação das regras continua sendo um tema relevante e que deve ser constantemente debatido para aprimorar a qualidade da arbitragem no futebol brasileiro.