Parentes de homem que foi morto em delegacia não sabiam que ele estava preso

Edilene Angélica, mãe de Danilo da Silva Araújo, de 33 anos de idade, homem que foi assassinado, relatou que “era uma da manhã, quando a irmã dele me ligou avisando que a polícia tinha encontrado ele morto”, enquanto estava preso na 27º Delegacia de Polícia, na última sexta-feira, 07, no Recanto das Emas, no Distrito Federal.

Segundo a explicação dos autores do homicídio, o crime aconteceu porque a vítima teria sido flagrada se masturbando dentro da cela. Os policias notaram o ocorrido depois que os suspeitos informaram que tinham matado Danilo.

Os parentes da vítima não sabiam que ele estava preso. No mesmo dia em que foi assassinado, Danilo foi preso em flagrante por, supostamente, ter seguido uma menina em uma rua da região. Ele esperava na carceragem da DP o encaminhamento do seu caso quando dois homens foram levados para a mesma cela.

“Quando recebi a notícia, eu, sinceramente, não acreditei, pensei que deveria ter sido outra pessoa parecida com ele”, relata Edilene. Danilo estava morando na rua, mas fazia visitas frequentes a família.

Logo após o crime, o corpo da vítima foi levado ao Instituto Médico Legal (IML), onde passou por exames e foi liberado para que os parentes efetivassem o enterro. Por falta de condições financeiras, o sepultamento de Danilo teve o apoio do Centro de Referência de Assistência Social (Cras).

A mãe da vítima informou que o filho já havia recebido tratamento psquiátrico em algumas unidades hospitalares. Além disso, Edile Angélica contou que o homem tinha um comportamento compatível ao de pessoas que possuem transtornos mentais.

O Crime

Segundo o relato dos autores do crime, eles perceberam que a vítima estava se masturbando enquanto eles dormiam. Porém, a versão não foi confirmada.

Um dos suspeitos começou a agredir e enforcar a vítima. O outro autor auxiliou nas agressões físicas, tapando a boca de Danilo para que ele não pedisse ajuda aos policiais.

Depois do enforcamento, o homem desmaiou, Os suspeitos permaneceram com as agressões, pisoteando a cabeça de Danilo até quebrar o pescoço dele. Eles só pararam com a violência quando notaram que ele estava morto.

Após o crime, os presos chamaram os agentes da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Em seguida foi acionado o Samu e confirmaram a morte de Danilo.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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