Parlamento da Coreia do Sul derruba lei marcial após declaração de estado de exceção pelo presidente

O Parlamento da Coreia do Sul suspendeu nesta terça-feira, 3, a lei marcial decretada pelo presidente Yoon Suk Yeol, uma medida que gerou uma crise política e protestos intensos em Seul. A decisão do presidente, anunciada em rede nacional, foi justificada como uma forma de combater supostas ameaças comunistas vindas da Coreia do Norte e eliminar “elementos antiestado”.

A medida, no entanto, foi amplamente criticada por políticos de oposição e até mesmo por membros do partido governista. O presidente da Assembleia Nacional, Woo Won-sik, convocou uma reunião de emergência para votar a suspensão da lei marcial. A resolução foi aprovada por unanimidade, com 190 parlamentares presentes.

A declaração de lei marcial havia permitido que militares assumissem funções normalmente desempenhadas por autoridades civis. Médicos em greve foram obrigados a voltar ao trabalho em 48 horas, sob ameaça de prisão sem mandado, enquanto a imprensa e editoras ficaram sujeitas a controle militar.

Horas antes da votação parlamentar, forças de segurança bloquearam o acesso ao edifício do Parlamento, com helicópteros militares sobrevoando a área e soldados armados restringindo a entrada. Manifestantes contrários à decisão do presidente se reuniram em frente à Assembleia Nacional, resultando em confrontos com a polícia. Alguns manifestantes chegaram a deitar sob veículos militares para impedir seu avanço.

A crise política também foi exacerbada por tensões internas no governo. Lideranças do oposicionista Partido Democrático e do governista Partido do Poder Popular se uniram contra a decisão de Yoon. O presidente enfrenta dificuldades para aprovar projetos no Parlamento e perdeu apoio político nos últimos meses.

A última vez que a Coreia do Sul viveu sob lei marcial foi em 1979, após o assassinato do então ditador Park Chung Hee. Observadores apontam que o episódio atual reflete um momento delicado na democracia sul-coreana, com a necessidade de diálogo político e respeito às instituições para evitar retrocessos.

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Revogação da lei marcial na Coreia do Sul gera memes nas redes sociais

Revogação da Lei Marcial na Coreia do Sul: Memes e Reações

Na terça-feira, 3, o presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, do Partido do Poder Popular, decretou lei marcial para conter movimentos considerados ‘pró-Coreia do Norte’.

A medida aplicada pelo sul-coreano suspendeu os direitos civis, limitou a atuação da imprensa e das Forças Armadas ao governo e substituiu as leis por normas militares. No entanto, a decisão foi rapidamente revertida pelo Parlamento, que em uma votação de emergência decidiu suspender a medida.

Apesar da revogação, os sul-coreanos e a mídia internacional expressaram suas reações nas redes sociais por meio de diversos memes, evidenciando seu humor e crítica a medida estabelecida.

Protestos

A declaração do presidente em relação a lei marcial desencadeou uma série de protestos tanto da oposição quanto do próprio governo. Uma reunião de emergência foi decretada pelo chefe da Polícia sul-coreana em relação as preocupações sobre eficácia e necessidade de uma resposta militar em vez de soluções civis.

Já o ex-ministro da Justiça, Han Dong-hoon, e outros membros do governo expressaram que a declaração da lei marcial é ‘errada’ e inconstitucional, sob o argumento de que a medida viola os princípios democráticos e os direitos civis dos cidadões.

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