O Parque do Bixiga, localizado no Centro de São Paulo, está sendo negociado como canteiro de obras do Metrô antes mesmo de sua construção. O terreno onde o parque será construído foi adquirido pela Prefeitura de São Paulo por R$ 65 milhões com o objetivo de abrigar um espaço público. No entanto, parte da área poderá ser temporariamente ocupada durante as obras da Linha 19-Celeste.
O terreno em questão fica no cruzamento das ruas Jaceguai e Abolição, na Bela Vista, e tem aproximadamente 11 mil metros quadrados. O projeto básico do Metrô prevê que cerca de mil metros quadrados desse terreno, equivalente a 9% da área total, poderão ser utilizados para apoiar as obras da Linha 19-Celeste, incluindo parte da Praça Pérola Byington.
O projeto da nova linha de metrô inclui a construção de um poço de ventilação e saída de emergência na Rua Santo Amaro, onde atualmente funciona um posto de combustíveis. Para viabilizar as obras, o Metrô pretende utilizar o terreno do futuro Parque do Bixiga como base operacional, garantindo assim a logística necessária para a execução do projeto.
Segundo Carlos Eduardo Paixão de Almeida, gerente de projetos da companhia, a decisão de utilizar parte do terreno é técnica e temporária. Após a conclusão da linha, prevista para seis anos e dois meses a partir do início da construção, a área será devolvida conforme acordado com a prefeitura. A licitação da Linha 19-Celeste está marcada para julho deste ano, e o projeto do Parque do Bixiga ainda será escolhido por meio de um concurso do Instituto dos Arquitetos de São Paulo (IAB-SP).
Com 15 estações e cerca de 18 km de extensão, a Linha 19-Celeste ligará Guarulhos ao Vale do Anhangabaú, no Centro de São Paulo. O planejamento do parque e das obras do metrô estão em andamento, com o objetivo de conciliar o desenvolvimento urbano com a preservação de espaços públicos e históricos na região central da cidade. É importante garantir que o uso temporário do terreno não comprometa a realização do projeto do Parque do Bixiga, que tem como objetivo atender às demandas da população local por áreas verdes e de lazer.