Parque dos Pirineus: Semad prepara ações contra vandalismo

Parque dos Pirineus: Semad prepara ações contra vandalismo

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) montou um plano para lidar com duas situações no Parque Estadual dos Pirineus (PEP): 1) o vandalismo praticado por criminosos; 2) o comprometimento parcial das estradas de terra em razão das fortes chuvas – seja das vias dão acesso ao parque, seja das que existem no interior da unidade de conservação.

O Parque dos Pirineus fica na zona rural. As estradas de terra se deterioram quando o período chuvoso é mais intenso. Todo ano, a Semad se articula com prefeituras de Pirenópolis e Cocalzinho para que seja feito o reparo e reestabelecido o acesso seguro dos turistas ao PEP. Infelizmente, em 2023 o volume das chuvas foi maior e o estrago que elas causaram, também. O Governo de Goiás está em contato com os municípios para que a recuperação dos pontos críticos aconteça o mais rápido possível, assim que a estiagem começar.

O parque também sofreu com ações recentes de vândalos. Para entrar no PEP à noite, criminosos cerraram as cancelas das guaritas em pelo menos duas oportunidades, nos últimos meses. A Semad está providenciando cancelas novas e adquirindo um sistema de comunicação via rádio, cujo investimento é de R$ 281 mil. Além disso, o governo já aporta R$ 422 mil por ano na manutenção de dois postos de vigilância patrimonial, R$ 30 mil por ano em um posto de limpeza e R$ 32 mil por ano em um posto de auxílio administrativo.

Incêndios florestais

Desde 2021, a Secretaria de Meio Ambiente destina recursos para contratação de uma brigada de prevenção e combate a incêndios florestais no Parque Estadual dos Pirineus. Naquele ano, foram investidos R$ 505 mil. No ano passado, R$ 476 mil. Para 2023, existe um processo licitatório, que está em fase de instrução, para contratar o serviço. Além dessa contratação, são realizados aceiros, manutenção de estradas em parceria com as prefeituras, orientação dos proprietários rurais do entorno, e cursos de capacitação em combate aos incêndios florestais com a comunidade.

Outra etapa importante está sendo concluída: a elaboração dos planos de manejo e de uso público. Em resumo, são esses dois planos, elaborados por consultorias especializadas, que vão dizer como deve ser a visitação de turistas, qual é a infraestrutura necessária para administração do parque, qual é a melhor forma de preservar a fauna e a flora, entre outros aspectos. O plano de manejo custou R$ 359 mil, está pronto e vai passar por consulta pública. O plano de uso público, ao custo de R$ 173 mil, está em fase final de contratação.

Em paralelo, o Governo de Goiás avança na regularização fundiária do PEP. Por meio de um acordo extrajudicial que pôs fim a uma litígio que se arrastava na Justiça havia mais de 20 anos, em março de 2022 a Semad adquiriu uma área de 563 hectares sob pagamento de indenização ao custo de R$ 8,03 milhões. Este imóvel é onde se encontra o Morro do Cabeludo, importante atrativo turístico do parque. A regularização fundiária é um instrumento importante de consolidação territorial, que permite a efetiva gestão e implementação de ações de proteção e de uso público no parque.

O Parque dos Pirineus alcança os municípios de Pirenópolis, Cocalzinho e Corumbá de Goiás. Tem uma área de 2,8 mil hectares e, dentro dele, fica o Pico dos Pirineus, o segundo maciço mais alto de Goiás, com 1.380 metros de altitude. O PEP foi criado para preservar a fauna, a flora e os mananciais ali existentes, que formam sítios naturais de excepcional beleza.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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