Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros é ampliado para 240 mil hectares

Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros é ampliado para 240 mil hectares

O Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Goiás, será ampliado de 65 mil hectares para 240 mil hectares em área contínua. O decreto foi assinado hoje (5), no Dia Mundial do Meio Ambiente, pelo presidente Michel Temer. A expansão ocorre depois de diversas tentativas, com pressão de ambientalistas e da sociedade civil diante de impasse com o governo estadual e setores do agronegócio.

Além dos 240 mil hectares contínuos, a nova área da unidade de conservação vai incluir uma região adjacente, onde estão as localidades Sertão Zen e Macacos.

Criado em 1961 com 625 mil hectares, o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros sofreu sucessivas reduções de tamanho, até chegar a 65 mil hectares, cerca de 10% da área original. Em 2001, a ampliação para 240 mil hectares chegou a ser decretada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, mas foi derrubada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por falhas no processo e pela não realização de audiências públicas, previstas na Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), que entrou em vigor em 2000.

A tentativa de ampliação mais recente, concretizada nesta segunda-feira, esbarrava em um impasse com o governo de Goiás, que defendia a regularização fundiária das terras da área de expansão antes de dar o aval para o aumento do parque. Goiás chegou a apresentar uma contraproposta, com a ampliação em área descontínua, o que, segundo ambientalistas, inviabilizaria a proteção do Cerrado.

Conservação

Uma das áreas mais emblemáticas do Cerrado, conhecida por paisagens naturais exuberantes, a Chapada os Veadeiros tem uma importância estratégica para o bioma por ter de áreas de Cerrado de Altitude, com representantes de flora e fauna restritos a essa região.

A área do parque abriga, por exemplo, 32 espécies da fauna e 17 da flora ameaçadas de extinção, que poderiam desaparecer sem a garantia de proteção integral do parque.

Fonte: Agência Brasil

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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