Parque Nacional da Chapada poderá reabrir quarta-feira

Fogo atingiu mais de 25% da reserva

Após o controle do maior incêndio já registrado, o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Goiás, poderá reabrir as portas para visitação na quarta-feira (1º), véspera do feriado do Dia de Finados. O local segue sob monitoramento para que se possa declarar, nos próximos dias, a extinção do incêndio.

De acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), até o último levantamento mais de 66 mil hectares, o equivalente a mais de 25% da reserva, foram consumidos pelo fogo. O instituto continua monitorando a região por ar e por terra.

O incêndio começou no último dia 10, obrigando o parque a fechar as portas no feriado do dia 12 de outubro. O incêndio foi controlado e um novo foco surgiu no dia 17. Desde então, novos focos, com suspeitas de ação humana criminosa, têm surgido. Devido às altas temperaturas, locais que já haviam sido controlados voltaram a queimar.

Neste final de semana, com as chuvas que caíram na região, o incêndio foi controlado. Na madrugada de ontem (29) para hoje, em uma área onde a chuva não chegou, houve uma reignição, mas o fogo logo foi extinto.

Com o controle do incêndio, as equipes estão sendo gradualmente desmobilizadas. A previsão é que hoje os bombeiros de Goiás e do Distrito Federal deixem o local, assim como o avião Hércules da Força Aérea Brasileira (FAB).

Veterinários e voluntários trabalham para verificar a presença de animais mortos ou feridos. A Polícia Federal atua na investigação das causas do incêndio.

Uma pesquisa divulgada hoje pelo ICMBio mostra que o turismo é uma importante atividade econômica nas regiões adjacentes às unidades de conservação, sendo vetores de emprego, empreendedorismo e geração de renda. Somente o Parque Nacional da Chapada gerou, em 2015, com 56,6 mil visitantes, uma renda de R$ 3,3 milhões para os municípios próximos, além de 135 empregos. No total, os visitantes brasileiros e estrangeiros gastaram no local R$ 4 milhões.

Fonte: Agência Brasil

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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