Última atualização 25/03/2023 | 14:22
O número de mudas de árvores nativas plantadas sob a coordenação do Governo de Goiás nos parques estaduais Altamiro de Moura Pacheco (Peamp) e João Leite (Pejol) passou de 1,6 milhão, conforme balanço da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). Nos últimos sete anos, mil hectares já receberam mudas típicas da região, o que corresponde a aproximadamente 72% da área estabelecida para a recomposição florestal – ao todo, 1.389 hectares.
Os parques ficam às margens da rodovia BR-060/153, entre os municípios de Goiânia, Teresópolis e Goianápolis. A meta é plantar 2 milhões de mudas ao longo de todo o território até 2025, trabalho que já está 80% concluído. Como explica o gestor do Peamp e do Pejol, Marcelo Pacheco, o número de mudas plantadas não varia linearmente, entre território e quantidade de plantas, devido a algumas características do processo de recomposição das áreas. “Foram utilizados três tipos de estratégias: plantio de mudas, muvuca de sementes e condução de regeneração natural”, diz Pacheco.
O reflorestamento é executado por empresas licenciadas pelo Estado e pela União, tais como concessionárias de rodovias e operadoras de linhas de transmissão de energia elétrica, de forma a minimizar os impactos que a atividade desempenhada por essas empresas causa ao meio ambiente. Atualmente, 10 instituições privadas participam do programa de reflorestamento.
Compensação ambiental
Depois de elaborados os projetos de compensação ambiental, os empreendimentos assumem o compromisso de destinar recursos financeiros para apoiar a criação, implantação e manutenção de unidades de conservação, conforme estabelece a lei federal nº 9.985/2000 do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC). Em Goiás, a legislação prevê que as empresas devem custear medidas destinadas a reparar danos decorrentes de impactos ambientais sobre a fauna.
“O Governo de Goiás atua de forma eficiente no estabelecimento destas compensações que, além da recuperação de áreas degradadas e garantia da sobrevivência das espécies, ainda promove uma maior integração das empresas com a gestão ambiental”, afirma Mariana Moura, da Superintendência de Unidades de Conservação e Regularização Ambiental da Semad.
Segundo Mariana, além do reflorestamento, os projetos de compensação ambiental também envolvem a realização de práticas que favoreçam o crescimento e o desenvolvimento das plantas nos parques, a exemplo de preparo do solo, adubação, controle de espécies invasoras, irrigação complementar, coroamento, roçada, construção e manutenção de aceiros, monitoramento e controle de doenças.
Resultados positivos
A recomposição da vegetação do Peamp e Pejol contribui também para proteção do reservatório do Ribeirão João Leite, que abastece boa parte da região metropolitana de Goiânia, e para a restauração de habitats de animais silvestres, alguns ameaçados de extinção. Marcelo Pacheco, que chefia os parques Altamiro e João Leite, afirma que câmeras instaladas em um dos parques captaram a presença de espécies como o veado-catingueiro na região. “Os animais não eram vistos no local antes das ações. No entanto, após as iniciativas foram flagrados, inclusive, com filhotes”, disse.