Parques Altamiro e João Leite recebem mais de 1,6 milhão de mudas nativas

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O número de mudas de árvores nativas plantadas sob a coordenação do Governo de Goiás nos parques estaduais Altamiro de Moura Pacheco (Peamp) e João Leite (Pejol) passou de 1,6 milhão, conforme balanço da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). Nos últimos sete anos, mil hectares já receberam mudas típicas da região, o que corresponde a aproximadamente 72% da área estabelecida para a recomposição florestal – ao todo, 1.389 hectares.
Os parques ficam às margens da rodovia BR-060/153, entre os municípios de Goiânia, Teresópolis e Goianápolis. A meta é plantar 2 milhões de mudas ao longo de todo o território até 2025, trabalho que já está 80% concluído. Como explica o gestor do Peamp e do Pejol, Marcelo Pacheco, o número de mudas plantadas não varia linearmente, entre território e quantidade de plantas, devido a algumas características do processo de recomposição das áreas. “Foram utilizados três tipos de estratégias: plantio de mudas, muvuca de sementes e condução de regeneração natural”, diz Pacheco.
O reflorestamento é executado por empresas licenciadas pelo Estado e pela União, tais como concessionárias de rodovias e operadoras de linhas de transmissão de energia elétrica, de forma a minimizar os impactos que a atividade desempenhada por essas empresas causa ao meio ambiente. Atualmente, 10 instituições privadas participam do programa de reflorestamento.

Compensação ambiental

Depois de elaborados os projetos de compensação ambiental, os empreendimentos assumem o compromisso de destinar recursos financeiros para apoiar a criação, implantação e manutenção de unidades de conservação, conforme estabelece a lei federal nº 9.985/2000 do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC). Em Goiás, a legislação prevê que as empresas devem custear medidas destinadas a reparar danos decorrentes de impactos ambientais sobre a fauna.
“O Governo de Goiás atua de forma eficiente no estabelecimento destas compensações que, além da recuperação de áreas degradadas e garantia da sobrevivência das espécies, ainda promove uma maior integração das empresas com a gestão ambiental”, afirma Mariana Moura, da Superintendência de Unidades de Conservação e Regularização Ambiental da Semad.
Segundo Mariana, além do reflorestamento, os projetos de compensação ambiental também envolvem a realização de práticas que favoreçam o crescimento e o desenvolvimento das plantas nos parques, a exemplo de preparo do solo, adubação, controle de espécies invasoras, irrigação complementar, coroamento, roçada, construção e manutenção de aceiros, monitoramento e controle de doenças.

Resultados positivos

A recomposição da vegetação do Peamp e Pejol contribui também para proteção do reservatório do Ribeirão João Leite, que abastece boa parte da região metropolitana de Goiânia, e para a restauração de habitats de animais silvestres, alguns ameaçados de extinção. Marcelo Pacheco, que chefia os parques Altamiro e João Leite, afirma que câmeras instaladas em um dos parques captaram a presença de espécies como o veado-catingueiro na região. “Os animais não eram vistos no local antes das ações. No entanto, após as iniciativas foram flagrados, inclusive, com filhotes”, disse.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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