Parte do ‘arsenal’ apreendido em Senador Canedo é falso

Parte do ‘arsenal’ apreendido pela Polícia Militar (PM) no último domingo, 26, em Senador Canedo é falso. As duas metralhadoras de grosso calibre que estavam em posse de quatro suspeitos mortos durante uma suposta troca de tiros, por exemplo, são de ferro e plástico. Muito diferente das armas originais, que possuem capacidade para derrubar até aeronaves.

Além das armas, as munissões das metraladoras também são falsas, conforme o delegado Matheus Noleto. Os demais armamentos, entretanto, são verdadeiras. Ao todo, a polícia tinha apreendido duas metraladroas modelos Browning M2 e Browning M1919, de calibre .050, além de duas pistolas, dois revólveres e uma espingarda. O investigador acredita que os criminosos tenham sido enganados pelo fornecedor na hora da compra.

Confronto

Conforme explicado pela PM no dia do confronto, os policiais receberam informações que em uma casa existia um paiol com armas e drogas e então foram até uma chácara para confirmar a denúncia. Ao entrar no local, a corporação se deparou com um ‘arsenal’, composto por uma metralhadora usada para derrubar aeronaves em guerras, pistolas, revólveres e uma espingarda, além de drogas.

A corporação também havia afirmado que esse tipo de armamento, principalmente a metralhadora .50, é utilizada por facções criminosas para explodir carros fortes. No entanto, a PM disse que não há comprovação que as armas seriam usadas para esse fim.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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