Partido do presidente do Zimbábue debaterá moção de censura

Líder do partido ainda deve apresentar renúncia

O partido do presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, se reunirá hoje (20) para propor a apresentação de uma moção de censura contra ele depois que expirou o prazo que tinham dado para renunciar, sem que o governante tenha se pronunciado.

O chefe do grupo parlamentar da União Nacional Africana do Zimbábue-Frente Patriótica (Zanu-PF), Lovemore Matuke, convocou uma reunião para hoje, segundo o portal The Source. As informações são da agência de notícias EFE.

Depois de destituir Mugabe ontem da liderança do partido, a Zanu-PF estabeleceu um prazo – que termina hoje – para que o presidente apresente sua renúncia.

No entanto, o ainda chefe de Estado, de 93 anos, não só não renunciou em discurso televisionado ontem à noite, como pediu uma “volta à normalidade” e anunciou que presidiria o congresso da Zanu-PF de dezembro, no qual a legenda confirmará a nomeação do ex-vice-presidente Emmerson Mnangagwa como líder e candidato para as eleições presidenciais de 2018.

Embora todas as informações indicassem que Mugabe – que está há 37 anos no poder – renunciaria ontem após negociar com os militares que o mantêm retido em sua residência desde terça-feira, o presidente tentou projetar uma mensagem de normalidade e assegurou que “leva em conta” as queixas de diferentes camadas da sociedade.

O levante militar aconteceu na madrugada de terça para quarta-feira, e os analistas apontam que o estopim foi a destituição de Mnangagwa, forçada pela primeira-dama, Grace Mugabe, e os ministros que apoiavam sua ambição de se transformar na sucessora de seu marido no poder.

Nesse sentido, as forças armadas negaram que se tratasse de um golpe de Estado e asseguraram que suas operações tinham como objetivo “levar perante a Justiça os criminosos” do entorno do presidente, e detiveram vários ministros. Tanto Grace Mugabe como seus aliados foram expulsos ontem da Zanu-PF após uma reunião de seu Comitê Central.

Fonte: Agência Brasil

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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