Passageira morre em voo dos EUA ao Brasil e passa 10 horas em assento

voo

Uma passageira passou 10 horas morta durante um voo que saiu de Fort Lauderdale, na Flórida, nos Estado Unidos, em rumo ao Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, na manhã desta terça-feira, 7. Segundo as testemunhas, a mulher estava na classe executiva e morreu na primeira hora de viagem.

A companhia aérea que a transportava era a Azul. A empresa divulgou em nota que a mulher passou mal a bordo do voo AD8733 (Fort Lauderdale – Belo Horizonte) e, “infelizmente, não resistiu e veio a óbito durante o voo, constatado por um médico a bordo”.

A empresa ainda lamentou o ocorrido e ressaltou que está prestando toda a assistência necessária aos familiares. A companhia não divulgou informações sobre a passageira.

O voo saiu por volta das 21h da segunda e pousou em Confins às 7h desta terça. Quando o avião pousou, os policiais entraram na aeronave e impediram o desembarque por cerca de 40 minutos, até a realização da perícia. De acordo com a Polícia Federal (PF), os médicos do aeroporto confirmaram que a morte seria por causas naturais.

Por meio de uma nota, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) se manifestou informando que “assim que tomou conhecimento dos fatos, requisitou a presença do rabecão no aeroporto de Confins para fazer a remoção do corpo para o Instituto Médico-Legal”. A instituição apura a causa e as circunstâncias da morte.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp