Pastor causa polêmica ao afirmar que ansiedade é falta de confiança em Deus e não uma doença

O pastor Rodrigo Stalone, da Igreja Metodista Wesleyana, localizada em Ricardo Albuquerque, no Rio de Janeiro, gerou controvérsia nas redes sociais após publicar uma mensagem afirmando que a ansiedade não é uma doença, mas um “transtorno de comportamento” que precisa ser transformado pela Palavra de Deus.

Na postagem, ele citou as passagens bíblicas de Filipenses 4:4-8 e Hebreus 4:12 para sustentar que viver ansioso é uma violação dos ensinamentos de Jesus e que essa condição seria um reflexo da falta de confiança no plano divino.

O pastor declarou: “Ansiedade não é doença, é um transtorno de comportamento. O comportamento precisa de transformação pela Palavra de Deus.” Segundo ele, viver com medo do futuro está relacionado à ausência de convicção na verdade divina e seria uma forma de desobediência aos ensinamentos de Cristo. A mensagem também faz referência ao autor cristão Tim Keller, reforçando a ideia de que a ansiedade seria incompatível com a fé.

A publicação provocou reações intensas entre os seguidores da igreja e usuários nas redes sociais. Enquanto algumas pessoas concordaram com o ponto de vista do pastor, muitos criticaram a postura, argumentando que ela ignora os aspectos médicos e psicológicos da ansiedade. Para os críticos, a visão apresentada não leva em consideração que a ansiedade pode ser um problema de saúde mental que exige tratamento adequado, incluindo acompanhamento psicológico e, em alguns casos, medicamentoso.

A polêmica colocou em evidência o debate sobre a relação entre saúde mental e fé, dividindo opiniões tanto entre os fiéis quanto entre especialistas em saúde e espiritualidade.

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Papa Francisco revela tentativas de atentado durante visita ao Iraque em 2021

Em sua autobiografia, o Papa Francisco revelou que duas tentativas de atentado contra ele foram frustradas durante sua visita histórica ao Iraque, em 2021. O pontífice relatou que foi informado pelos serviços de segurança britânicos sobre uma jovem que estaria a caminho de Mossul, uma das maiores cidades iraquianas, carregando explosivos com a intenção de se explodir durante sua presença. Além disso, ele mencionou uma van que teria partido em alta velocidade com o mesmo objetivo.

No trecho publicado pelo jornal italiano Corriere Della Sera, Francisco descreve a resposta recebida no dia seguinte pela Gendarmaria do Vaticano. Segundo ele, o comandante informou que os responsáveis haviam sido interceptados e “não estavam mais lá”, uma referência à atuação das autoridades iraquianas, que teriam evitado os ataques. “Isso também foi muito marcante para mim. Isso também foi o fruto envenenado da guerra”, escreveu o pontífice em suas memórias.

O relato faz parte do livro Esperança, que será lançado no início de 2024, próximo ao aniversário de 88 anos de Francisco, celebrado nesta terça-feira, 17.

A visita ao Iraque marcou a primeira vez que um líder da Igreja Católica esteve no país, em uma viagem considerada de alto risco devido à situação de segurança e à pandemia de Covid-19. Mesmo assim, Francisco decidiu seguir com a missão, destacando a importância histórica e religiosa do Iraque, lar de uma das comunidades cristãs mais antigas do mundo.

Durante a viagem, o Papa demonstrou solidariedade aos cristãos perseguidos no país e se encontrou com o Grande Aiatolá Ali al-Sistani, uma das figuras mais influentes do islamismo xiita, em um encontro considerado histórico para o diálogo inter-religioso.

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