Press "Enter" to skip to content

Pastor cego usa nome do ministro Paulo Guedes para aplicar golpes, em Goianésia

Última atualização 14/03/2022 | 11:51

Um pastor evangélico cego de Goianésia, região central de Goiás, é suspeito de aplicar golpes em fiéis que ultrapassam R$ 15 milhões. Com 100 mil inscritos no Youtube e mais de 60 mil seguidores no Instagram, Osório José Lopes Júnior convenceu fiéis a investirem em uma espécie de título apresentado por ele como Letra do Tesouro Mundial.

Segundo ele, o título teria custo de R$ 1 bilhão e seria autorizado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que fosse pago. Mas, para isso, ele precisava receber o dinheiro de fiéis de igrejas evangélicas, parentes e amigos. O pastor prometia ganho de até 100% do valor aplicado assim que os títulos estivessem prontos para serem resgatados.

Na tentativa de conseguir credibilidade, o pastor utilizada, além do nome de ministros, logomarca de entidades financeiras, como Banco Mundial e o Banco do Brasil, em uma plataforma de investimento conduzida pelo grupo.

Em vídeo gravado no seu canal, o religioso acalma o coração dos milhares de fiéis que desembolsaram fortunas para aplicar no golpe.

Pastor já foi preso em 2018

Acusado por outras pessoas que caíram no mesmo golpe, Osório foi preso após ser alvo de uma operação deflagrada pela Polícia Civil de Goiás (PC-GO), em maio de 2018. Na ocasião, o líder religioso teve a prisão preventiva declarada depois de ser acusado de obter R$ 15 milhões aplicando golpes em fiéis. Além dele, outro líder religioso e um seguidor deles também foram detidos.

A investigação apontou que os dois pastores ostentavam dinheiro e poder em Goianésia após aplicarem o mesmo golpe. De acordo com a polícia, para tirar dinheiro das vítimas, os dois prometiam a quem colaborasse lucros de até 10 vezes do valor aplicado. Vítimas chegaram a vender a própria casa para ajudar os golpistas e fazer o investimento.

A PCGO identificou, através de quebra de sigilo bancário, que os religiosos movimentaram R$ 20 milhões no banco.