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Pastora suspeita de envenenar marido teria passado a noite na casa do amante depois do crime, em Bela Vista de Goiás

Última atualização 26/09/2022 | 14:44

A pastora Sueli Alves dos Santos, de 42 anos, que foi presa suspeita de matar o marido envenenado, pode ter praticado o crime para ficar com os bens do companheiro. Em entrevista ao Diário do Estado, uma das filhas da vítima, Kelry Vieira, de 27 anos, contou que a mulher fazia ameaças a José Maria Vieira de Oliveira, de 49 anos, dizendo que ficaria com a pensão e bens materiais da vítima, caso ele morresse.

Além disso, Kelry conta ainda que as brigas entre o pai e a madrasta se intensificaram após ele descobrir uma traição por parte da suspeita, que supostamente estaria se relacionando com um outro pastor da cidade. Sueli teria, inclusive, golpeado o marido na cabeça depois de ter o celular ‘invadido’ por ele. 

“Eles estavam tendo um caso e o pastor teve que depor também. No dia em que ela matou o meu pai, ela estava na casa dele. Ela falava que iria ficar com a casa, com a pensão e com a moto. Os dois estavam discutindo bastante e ela era sempre muito agressiva”, contou.

Morte

O corpo de José foi encontrado dentro da casa em que o casal vivia, em Bela Vista de Goiás, na Região Metropolitana da capital. Segundo a delegada Magda D’ávila, vizinhos contaram que um dia antes do corpo ser encontrado, ouviram Sueli discutir com o marido e que, logo depois, José disse que estava com medo de ser morto pela esposa. Na ocasião, a vítima estava com um ferimento na cabeça, que teria sido causado pela pastora. José foi encontrado na última sexta-feira, 23, mesmo dia em que Sueli foi presa em flagrante.

“A esposa da vítima estava no local no momento em que chegamos, alegando que ela havia encontrado o corpo. Porém, ao entrevistar vizinhos, eles falaram que a vítima e a esposa haviam brigado na noite anterior e que a mulher queria ficar com metade dos bens”, explicou a delegada.

Planejamento 

A família de José disse à polícia que Sueli fez um plano funerário para o marido em abril deste ano e se colocou como beneficiária. A investigadora acredita que a pastora tenha arquitetado o crime antes de matar o marido. A mulher também foi denunciada por tentar matar o ex-marido envenenado, em Brasília, e por isso teria perdido a guarda dos filhos.

“Esperamos confirmar essa denúncia com o ex-marido da autora durante a semana. Outro fato que nos chamou a atenção foi que a autora formatou o celular da vítima na noite do crime. Ou seja, ela apagou todas as provas que haviam no celular, que continham as lesões fotografadas pelo marido”, concluiu.