Pastores lobistas teriam acesso direto até com o presidente Bolsonaro

Pastores lobistas teriam acesso direto até com o presidente Bolsonaro

Os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura são apontados como lobistas junto ao Ministério da Educação (MEC). Eles teriam influência sobre a destinação de recursos da pasta e privilégios em Brasília, que incluíam acesso facilitado a setores do alto escalação do Governo Federal e mesmo ao Palácio do Planalto, onde se encontraram três vezes com o  presidente Jair Bolsonaro (PL), ministros e secretários.

O papel deles seria o de fazer a ponte entre prefeitos e o ministro da Educação, o também pastor Milton Ribeiro, o que implicava na liberação de recursos para os municípios logo na sequência dessas encontros.

Áudio divulgado nesta segunda-feira (21) pelo jornal Folha de S. Paulo, de uma reunião na qual o ministro Milton Ribeiro afirmava ter havido um “pedido especial” de Bolsonaro para atender demandas de Gilmar Santos trouxeram à tona o provável esquema de favorecimento do pastor e de outro líder religioso, Arilton Moura.

Os dois não têm qualquer ligação com a administração pública, são apontados como articuladores de ações paralelas do gabinete de Milton Ribeiro, que objetivam a liberação de verba para cidades cujos prefeitos são levados para conversas em Brasília pelos pastores. Essa revelação foi feita pelo jornal O Estado de S. Paulo.

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PF investiga general ligado ao governo Bolsonaro por imprimir plano para matar Moraes, Lula e Alckmin no Planalto

A Polícia Federal (PF) revelou que o general Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência e ex-ministro interino do governo Bolsonaro, teria impresso no Palácio do Planalto um “plano operacional” para assassinar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin. Denominado “Punhal Verde e Amarelo”, o plano de três páginas foi encontrado no gabinete da Secretaria-Geral. Fernandes foi preso na manhã desta terça-feira (19).

De acordo com a PF, o documento, salvo sob o título “Plj.docx” (referência à palavra “planejamento”), detalhava a execução do plano. Além disso, outros arquivos sensíveis, como “Fox_2017”, “Ranger_2014” e “BMW_2019”, foram localizados na pasta “ZZZZ_Em Andamento”, que a polícia interpretou como um indício de que as ações estavam em fase ativa. Curiosamente, os nomes dos arquivos remetiam a veículos pessoais do general, segundo o relatório policial.

A defesa de Mário Fernandes ainda não se pronunciou sobre o caso.

Operação e alvos

A operação desta terça-feira prendeu quatro militares e um policial federal, todos investigados por ligação com um suposto grupo denominado “Kids Pretos”, formado por integrantes das Forças Especiais. O grupo é acusado de planejar o assassinato de lideranças políticas após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

Ao todo, a operação cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e determinou 15 medidas cautelares, incluindo a entrega de passaportes e a suspensão de funções públicas dos envolvidos. Entre os alvos estão Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo, além do policial federal Wladimir Matos Soares.

A investigação faz parte de um inquérito mais amplo que apura possíveis tentativas de golpe de Estado relacionadas à eleição de 2022.

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