Os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura são apontados como lobistas junto ao Ministério da Educação (MEC). Eles teriam influência sobre a destinação de recursos da pasta e privilégios em Brasília, que incluíam acesso facilitado a setores do alto escalação do Governo Federal e mesmo ao Palácio do Planalto, onde se encontraram três vezes com o presidente Jair Bolsonaro (PL), ministros e secretários.
O papel deles seria o de fazer a ponte entre prefeitos e o ministro da Educação, o também pastor Milton Ribeiro, o que implicava na liberação de recursos para os municípios logo na sequência dessas encontros.
Áudio divulgado nesta segunda-feira (21) pelo jornal Folha de S. Paulo, de uma reunião na qual o ministro Milton Ribeiro afirmava ter havido um “pedido especial” de Bolsonaro para atender demandas de Gilmar Santos trouxeram à tona o provável esquema de favorecimento do pastor e de outro líder religioso, Arilton Moura.
Os dois não têm qualquer ligação com a administração pública, são apontados como articuladores de ações paralelas do gabinete de Milton Ribeiro, que objetivam a liberação de verba para cidades cujos prefeitos são levados para conversas em Brasília pelos pastores. Essa revelação foi feita pelo jornal O Estado de S. Paulo.