Pastores são indiciados por invadir Morro da Serrinha e construir igrejas

Pastores são indiciados por invadir Morro da Serrinha e construir igrejas

Três pastores evangélicos construíram de forma irregular, duas igrejas na área verde do Morro da Serrinha. Os mais de 100 mil metros quadrados da região, em Goiânia, virou centro de um inquérito após a terra ser invadida, de acordo com a Polícia Civil (PC). Conforme o titular da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente (Dema), Luziano Carvalho, disse ter identificado uma intensa atividade humana no local, após a ocorrência de incêndio, em junho de 2021.

“Fizemos investigações, e os indícios eram de que o fogo começou na parte interna do Morro. No entanto, não foi possível atribuir responsabilidade”, afirmou

A Dema confirmou ter recebido denúncias de crimes ambientais e de perturbação no ambiente, oriundas de uma atividade de invasão com destruição da flora, uso de fogo e construção de barracas.

Segundo o delegado, a situação decorreria de um processo irregular de assentamento de líderes religiosos na localidade. As autoridades narram que os indiciados autodenominados pastores ergueram tendas para servir de igrejas e moradia, denominadas “Tenda 1º é Deus” e “Instituto Grupo de Resgate de Almas para Cristo (Igrac)”.

Moradia Fixa

Os suspeitos disseram que já faziam atividades religiosas e sociais no local, só que passaram a residir no local há cerca de três anos. O delegado do caso afirma que todos possuem residência própria em outra região, e um deles possui uma casa nas proximidades do Morro, de onde ele puxaria energia elétrica para a tenda.

Segundo Carvalho, houve tentativa de negociação com os acusados para a desocupação do local, mas sem sucesso. 

“Alguns pastores realmente tiraram suas tendas e não serão indiciados, mas outros três nós indicamos […] A ocupação [da área verde] não se pode dar por viés religioso. Eles estão ali, fazendo cultos. Não estamos aqui para proibir que se façam orações ali no Morro, mas tem que ter disciplina, horários, locais”, destacou.

O delegado relatou ter identificado ao menos 13 pontos de irregularidades no Morro da Serrinha, o que inclui descarte irregular de lixo, erosão e degradação da fauna, em decorrência da invasão irregular. Uma grande parte já foi corrigida, contudo as tendas-igrejas continuam.

 

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos