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Pastores são indiciados por invadir Morro da Serrinha e construir igrejas

Última atualização 27/01/2023 | 17:37

Três pastores evangélicos construíram de forma irregular, duas igrejas na área verde do Morro da Serrinha. Os mais de 100 mil metros quadrados da região, em Goiânia, virou centro de um inquérito após a terra ser invadida, de acordo com a Polícia Civil (PC). Conforme o titular da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente (Dema), Luziano Carvalho, disse ter identificado uma intensa atividade humana no local, após a ocorrência de incêndio, em junho de 2021.

“Fizemos investigações, e os indícios eram de que o fogo começou na parte interna do Morro. No entanto, não foi possível atribuir responsabilidade”, afirmou

A Dema confirmou ter recebido denúncias de crimes ambientais e de perturbação no ambiente, oriundas de uma atividade de invasão com destruição da flora, uso de fogo e construção de barracas.

Segundo o delegado, a situação decorreria de um processo irregular de assentamento de líderes religiosos na localidade. As autoridades narram que os indiciados autodenominados pastores ergueram tendas para servir de igrejas e moradia, denominadas “Tenda 1º é Deus” e “Instituto Grupo de Resgate de Almas para Cristo (Igrac)”.

Moradia Fixa

Os suspeitos disseram que já faziam atividades religiosas e sociais no local, só que passaram a residir no local há cerca de três anos. O delegado do caso afirma que todos possuem residência própria em outra região, e um deles possui uma casa nas proximidades do Morro, de onde ele puxaria energia elétrica para a tenda.

Segundo Carvalho, houve tentativa de negociação com os acusados para a desocupação do local, mas sem sucesso. 

“Alguns pastores realmente tiraram suas tendas e não serão indiciados, mas outros três nós indicamos […] A ocupação [da área verde] não se pode dar por viés religioso. Eles estão ali, fazendo cultos. Não estamos aqui para proibir que se façam orações ali no Morro, mas tem que ter disciplina, horários, locais”, destacou.

O delegado relatou ter identificado ao menos 13 pontos de irregularidades no Morro da Serrinha, o que inclui descarte irregular de lixo, erosão e degradação da fauna, em decorrência da invasão irregular. Uma grande parte já foi corrigida, contudo as tendas-igrejas continuam.