A enciclopédia gastronômica TasteAtlas elegeu o x-tudo brasileiro como o sétimo melhor hambúrguer do mundo. Considerado um lanche democrático devido à variedade e praticidade, em 2020 os famosos e deliciosos pitdogs se tornaram patrimônio cultural imaterial do Estado de Goiás. A admiração pelo lanche é também compartilhado com o resto do Brasil: foram vendidos 123 milhões de hambúrgueres apenas em 2023, se considerados os dados de um aplicativo de delivery.
Apesar de a eleição levar em consideração o x-tudo do país, segundo o presidente do Sindicato de Pitdog do Estado de Goiás (Sindpitdog), Ademildo Godoy, em Goiás o sanduíche é diferente do restante do país. “Nós sabemos fazer hambúrguer, temos o know how [experiência] de sanduíche. Então o nosso fica gostoso por sabermos que tem um tamanho ideal, uma carne ideal, um tempero. Nós também não utilizamos industrializados, o hambúrguer goiano é artesanal”, afirma.
Godoy afirma que o hambúrguer em Goiânia também tem um ingrediente secreto. “Nosso segredo aqui são os molhos.Temos o molho de pequi aqui há mais de 20 anos, por exemplo, fora o que eu citei sobre as melhores peças. Se for olhar, tudo começou 51 anos atrás. Nós inventamos o hambúrguer na placa. Antes ele era guardado em formato de almondega e as vezes não ficava no formato e tamanho certos, mas hoje em dia com o formado mais fácil de trabalhar e o modelador. Conseguimos utilizar o tamanho e espessura corretos para um lanche saboroso”, destaca.
Sobre o favoritismo no estado, ele analisa ser algo cultural. “Em São Paulo, por exemplo, eles consomem muita pizza. Já aqui não, aqui o hambúrguer é carro chefe, uma comida rápida, alternativa e variável. Nós temos em uma refeição um mix de alimentos e tudo bem equilibrado, porque uma carne de 100g não é muita coisa, duas fatias de bacon também não. Então, em um sanduíche temos carboidrato, proteína, fruta e salada, tudo na quantidade ideal e bem servido”, finaliza.