Patrulha Rural Georreferenciada inaugura programa em Catalão

O uso da tecnologia como aliada no combate aos crimes praticados nas propriedades rurais já é realidade em alguns municípios do Estado. Lançada pela Polícia Militar em Catalão, a Patrulha Rural Georreferenciada pretende dar maior agilidade na resposta ao atendimento das ocorrências e possibilitar maior eficiência na segurança rural na região.

Os policiais dispõem de GPS, celulares, drones e notebooks para realizar o mapeamento e armazenamento de informações sobre maquinários, implementos agrícolas e marca de gado pertencente a cada propriedade. Esses dados serão colocados em um sistema informatizado, gerando um número de cadastro para o proprietário.

Assim, quando houver solicitação de atendimento em uma fazenda, o proprietário informará o número cadastrado e a PM terá um banco de dados e a rota para deslocamento. Serão afixadas placas de identificação nas propriedades com os números da PMGO, para indicar que se trata de uma área monitorada pela segurança pública.

Para que esse trabalho seja efetivo, alguns procedimentos são necessários. A princípio, os agentes visitam as propriedades rurais, coletam dados do proprietário, fotografam a marca do gado, maquinário e insumos agrícolas e registram essas informações em um sistema. Com o uso do GPS, os policiais registram as coordenadas do local e em seguida cada propriedade recebe um número de identificação.

Programação

Além do município de Catalão, outras cidades contam com a atuação da Patrulha. Em Iporá, onde o serviço foi lançado no mês anterior, a PMGO ofereceu treinamento do efetivo policial militar. Em seguida, foram realizadas reuniões com autoridades municipais e representantes de sindicatos para a apresentação do programa. Os encontros visaram a busca por parcerias na implementação da Patrulha.

No calendário de atividades desse mês, está programado o lançamento do programa em Caiapônia na próxima terça-feira (28). Já para o próximo mês, a expectativa é que se dê início às atividades em algumas propriedades rurais de Inhumas.

*Por Emilly Viana

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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