Paulista vítima de tráfico humano no Mianmar é resgatado
O paulista Luckas Kim foi resgatado após passar meses em cárcere, vítima de tráfico humano no Mianmar. Outro brasileiro também foi solto
São Paulo — O paulista Luckas “Kim” Viana, de 31 anos, foi resgatado no último final de semana (8 e 9/2) por uma organização não-governamental (ONG) após passar mais de três meses como refém de uma rede de tráfico humano em Mianmar, no leste asiático. Outro brasileiro, Phelipe de Moura Ferreira, de 26 anos, também foi resgatado. O Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) confirmou os resgates.
ENTENDA O CASO
* Luckas já vivia na Ásia — em Bangkok, na Tailândia –, mas foi enganado com falsas promessas de emprego e levado a Mianmar.
* Em entrevista ao De, a mãe do rapaz, Cleide Viana, contou que ficou sabendo das condições de exploração do filho após uma ligação de cerca de quatro minutos realizada no dia 27 de outubro.
* Segundo a mulher, ele estava “sendo explorado, torturado e forçado a cometer crimes contra a própria vontade”.
* Após o contato em outubro, ela afirmou que não recebeu mais notícias e então passou a mandar e-mails para a Embaixada de Mianmar, para o Itamaraty, para alguns deputados e até uma carta para o presidente Lula.
* Lucas teria ligado para a mãe novamente no dia 8 de dezembro e contou que seus “chefes” pediram 20 mil dólares (cerca de R$ 122 mil) para liberá-lo. Por isso, ela abriu uma vaquinha online para arrecadar dinheiro e resgatar o filho.
* O valor arrecadado, segundo a mulher, também ajudaria a custear passagens, apoio jurídico, traduções e “até negociações com intermediários”.
* O Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) afirmou, em nota, no dia 17 de dezembro, que acompanha o caso e que está em contato com as autoridades competentes, incluindo policiais e familiares de Luckas.
* Cleide afirmou, no início de janeiro, que esteve em contato com a embaixada brasileira. O órgão a teria informado estar em negociação com o país asiático.
>O “Eles falam que é um lugar perigoso e tem que ter cuidado nas negociações para não prejudicar os meninos”, disse.
O noticiário entrou em contato com a ONG The Exodus Road, responsável pelos resgates, e aguarda uma resposta.
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