O escritor Paulo Coelho anunciou em suas redes sociais que se dispõe a arca com o valor gastos pelo Festival do Capão, realizado na Chapada Diamantina, na Bahia. O festival de Jazz foi reprovado pela Fundação Nacional de Artes (Funarte) de ter apoio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet). No parecer técnico é citado Deus e um post de divulgação do evento onde a festa afirma ser antifascista e pela democracia.
A postagem foi feita na madrugada desta quarta-feira (14). Ao lado da esposa, Christina Oiticica, com quem tem uma fundação, Paulo escreveu: “A Fundação Coelho & Oiticica se oferece para cobrir os gastos do Festival do Capão, solicitados via Lei Rouanet (R$ 145,000). Entrem em contato via DM [mensagem direta, em tradução livre] pedindo a alguém que sigo aqui que me transmita. Única condição: que seja antifascista e pela democracia.”
A Fundação Coelho & Oiticica se oferece para cobrir os gastos do Festival do Capão, solicitados via Lei Rouanet (R$ 145,000) Entrem em contato via DM pedindo a alguém que sigo aqui que me transmita
Única condição: que seja antifascista e pela democracia pic.twitter.com/YUOAaWg1l5
— Paulo Coelho (@paulocoelho) July 14, 2021
Funarte citou Deus em documento que reprova
O festival que teve suas primeiras edições em 2010 e 2011, não pode acontecer em 2020 por conta da pandemia da Covid-19 e foi mantida para o retorno em 2021.
No parecer técnico, a Funarte utilizou uma frase atribuída do músico alemão Johann Sebastian Bach, que morreu em 1750: “O objetivo e finalidade maior de toda música não deveria ser nenhum outro além da glória de Deus e a renovação da alma”.
Conforme o documento, o evento não tem condições técnicas e artísticas para ser aprovado