Paulo Guedes diz que Maia e Dória planejavam derrubar Bolsonaro da presidência

O ministro da Economia do Brasil, Paulo Guedes, contou em entrevista à revista ‘Veja’ que teve que articular para impedir que Rodrigo Maia, João Dória, outros governadores e “gente da Justiça” levasse adiante o plano do impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro.

“Em sessenta dias iriam fazer o impeachment. Tinha cronograma. O Doria ligou para mim e disse assim: ‘Paulo, é a chance de salvar a sua biografia. Esse governo não vai durar mais de sessenta dias. Faz um favor? Se salva’”, contou.

Guedes então teria ligado para todos os ministros do Supremo Tribunal Federal para tentar desarticular o plano. “Conseguimos desmontar o conflito ouvindo cada um deles. O ministro Gilmar Mendes, por exemplo, sugeriu que o governo deveria dar um sinal, caso estivesse realmente interessado em pacificar as relações. A demissão do Abraham Weintraub foi uma sinalização”.

O governo teve que concordar com a demissão do ministro da Educação para impedir a derrubada.

“Houve sim um movimento para desestabilizar o governo”, afirma o economista. Para João Dória, após a ligação de ‘aviso’, Guedes respondeu que muito mais que sua biografia, ele estava preocupado em salvar o governo, pois milhões de brasileiros que votaram acreditavam na mudança do país.

 

Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

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Lula impõe veto ao indulto de Natal para condenados do 8 de janeiro

Lula Impõe Veto ao Indulto de Natal para Condenados do 8 de Janeiro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetou o indulto de Natal para os condenados pelos atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, marcando o segundo ano consecutivo em que o benefício é negado aos envolvidos na tentativa de golpe de Estado. O anúncio foi feito na noite de 23 de dezembro, um dia antes da véspera de Natal, destacando a firmeza do governo em lidar com esses crimes.

Além disso, o indulto não será concedido a condenados por abuso de autoridade e crimes contra a administração pública, como peculato e corrupção passiva. O decreto também exclui aqueles condenados por crimes hediondos, tortura e violência contra a mulher, crianças e adolescentes. Integrantes de organizações criminosas, condenados em regimes disciplinares diferenciados e aqueles que fizeram acordos de colaboração premiada também estão fora do benefício.

Por outro lado, o indulto será concedido a gestantes com gravidez de alto risco, comprovada por laudo médico. Mães e avós condenadas por crimes sem grave ameaça ou violência também terão direito ao benefício, desde que comprovem ser essenciais para o cuidado de crianças até 12 anos com deficiência.

Saúde e condições especiais

O decreto prevê o perdão da pena para pessoas infectadas com HIV em estágio terminal, ou aquelas com doenças graves crônicas sem possibilidade de atendimento na unidade prisional. Pessoas paraplégicas, tetraplégicas, cegas e portadoras do espectro autista em grau severo também serão beneficiadas.

Este decreto reforça a posição do governo em relação aos atos antidemocráticos e crimes graves, enquanto oferece alívio a grupos vulneráveis. As pessoas contempladas pelo benefício terão, na prática, o perdão da pena e o direito à liberdade.

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