Pazuello afirma para prefeitos que vacinação contra Covid-19 será iniciada na próxima semana

Na próxima quarta-feira, 20, começa a campanha nacional de vacinação contra a Covid-19, conforme o ministro Eduardo Pazuello. Durante a reunião, o ministro afirmou para os 140 prefeitos, que se a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar o uso emergencial de duas vacinas, Coronovac e Astrazeneca, no domingo, 17, a vacinação será iniciada três dias depois. 

“De acordo com @ministropazuelo, na próxima segunda chegam as 2 milhões de doses da Astrazeneca para estados. Há também os 6 milhões da Coronavac. Anvisa liberando domingo, distribuem na terça para iniciar na quarta, dia 20. Ou seja: 8 milhões de doses para janeiro”, publicou o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (DEM), em uma rede social.

Durante a reunião, o ministro afirmou que 2 milhões de doses da Coronavac, vacina fabricada pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, serão distribuídas para os  Estados na terça-feira e a campanha terá início na quarta-feira, às 10h.

“Em Curitiba, vamos vacinar primeiro os grupos prioritários. Os 70 mil profissionais de saúde, e todos os idosos de Curitiba, que são perto de 300 mil pessoas”, disse o prefeito Rafael Greca (DEM). “Será em 20 de janeiro”.

O presidente da Frente Nacional dos Prefeitos, Jonas Donizete, ex-prefeito de Campinas, explicou que um eventual atraso no voo que buscará as vacinas na Índia pode alterar a data.

“Embora tenha sido mencionado a data do dia 20, às 10h da manhã, essa data está pendente deste dois fatores: da logística de voo e da aprovação da Anvisa”, destacou.

As prefeituras de Salvador, Curitiba, Cuiabá, Maringá, Ribeirão Preto, Aracaju e Araucária (PR) também saíram da reunião afirmando que o governo marcou a data do dia 20 para a vacinação.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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