Durante a pandemia da Covid-19, o general Eduardo Pazuello orientou o então presidente Jair Bolsonaro a divulgar a proxalutamida, medicamento sem registro na Anvisa e proibido no Brasil. Além disso, Pazuello acompanhou a distribuição de comprimidos aos políticos e aliados. As mensagens da Polícia Federal mostram a participação ativa de Pazuello na promoção do remédio, mesmo sem autorização dos órgãos competentes.
A proxalutamida, mesmo sendo proibida no Brasil, foi divulgada como uma panaceia por Bolsonaro, seguindo as instruções de Pazuello. O ex-ministro da Saúde estava presente nas entregas do medicamento a políticos, numa tentativa de promover o uso da substância. Isso gerou um grande escândalo e levantou questões éticas sobre a conduta do governo em relação à saúde pública.
Toda a operação de divulgação e distribuição da proxalutamida foi coordenada por Pazuello, que não só aconselhou Bolsonaro, mas também se envolveu diretamente na logística para entregar o remédio. O general, mesmo após sair do cargo de ministro da Saúde, continuou atuando nos bastidores para promover a substância, colocando em risco a saúde da população.
As mensagens reveladas pela Polícia Federal mostram a pressão exercida por Pazuello sobre Bolsonaro para que o medicamento proibido fosse amplamente divulgado. O ex-ministro buscava influenciar o presidente a adotar a proxalutamida como parte do tratamento para a Covid-19, ignorando os pareceres técnicos contrários.
A conduta controversa de Pazuello durante a pandemia gerou grande indignação e levou a questionamentos sobre sua responsabilidade e suas reais intenções. As investigações demonstram que o general agiu de forma temerária ao promover um medicamento sem respaldo científico, colocando em risco a saúde pública e a vida de milhares de brasileiros.