Pazuello responde procedimento disciplinar após ato com Bolsonaro

Pazuello responde procedimento disciplinar após ato com Bolsonaro

O ex-ministro da saúde, Eduardo Pazuello, participou do ato pró Bolsonaro feito por motociclistas no último domingo (25) no Rio de Janeiro. O general subiu em um carro elétrico ao lado do presidente e outros ministros, que discursaram sem a utilização de máscaras. Como general da ativa, Pazuello apenas poderia participar com a autorização do comando do exército, o que não ocorreu.

O Exército deve abrir uma investigação e apurar se ele descumpriu o Regulamento Disciplinar do Exército, que prevê a punição caso “manifeste-se, publicamente, o militar da ativa, sem que esteja autorizado, a respeito de assuntos de natureza político-partidária”.

Pazuello foi notificado pelo Exército Brasileiro ainda na noite de segunda-feira (24) sobre a abertura da investigação e deveria ter uma reunião com o comandante das forças armadas, Paulo Sergio Nogueira, na manhã desta terça-feira (25), mas a reunião acabou sendo cancelada.

Pazuello será chamado para se manifestar e apresentar sua defesa. É esperado que o procedimento dure até 30 dias.

O Auto Comando do Exército deverá pressionar o ex-ministro a pedir aposentadoria e, caso haja resistência, será debatido alternativas para que o general deixe a instituição. Algumas alternativas estão sendo pensadas pelo exército para que Pazuello seja colocado na reserva, como a promoção de oficiais generais de turmas mais novas, que ocasionará automaticamente à reserva.

 

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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