O ex-ministro da saúde, Eduardo Pazuello, participou do ato pró Bolsonaro feito por motociclistas no último domingo (25) no Rio de Janeiro. O general subiu em um carro elétrico ao lado do presidente e outros ministros, que discursaram sem a utilização de máscaras. Como general da ativa, Pazuello apenas poderia participar com a autorização do comando do exército, o que não ocorreu.
O Exército deve abrir uma investigação e apurar se ele descumpriu o Regulamento Disciplinar do Exército, que prevê a punição caso “manifeste-se, publicamente, o militar da ativa, sem que esteja autorizado, a respeito de assuntos de natureza político-partidária”.
Pazuello foi notificado pelo Exército Brasileiro ainda na noite de segunda-feira (24) sobre a abertura da investigação e deveria ter uma reunião com o comandante das forças armadas, Paulo Sergio Nogueira, na manhã desta terça-feira (25), mas a reunião acabou sendo cancelada.
Pazuello será chamado para se manifestar e apresentar sua defesa. É esperado que o procedimento dure até 30 dias.
O Auto Comando do Exército deverá pressionar o ex-ministro a pedir aposentadoria e, caso haja resistência, será debatido alternativas para que o general deixe a instituição. Algumas alternativas estão sendo pensadas pelo exército para que Pazuello seja colocado na reserva, como a promoção de oficiais generais de turmas mais novas, que ocasionará automaticamente à reserva.