PC apreende 300 mil autopeças falsificadas em Goiás

A Polícia Civil de Goiás apreendeu nesta quarta-feira (26), mais de 300 mil peças falsificadas de automóveis, no município de Itapuranga. A operação foi a maior realizada nos últimos anos, de acordo com a Delegacia de Crimes contra o Consumidor (Decon). Segundo a polícia, os criminosos responsáveis pelas peças são os maiores falsificadores de peças de carro do Centro-Oeste.

A operação localizou a sede da empresa e os três galpões usados para dar um selo de qualidade as autopeças e embalar os produtos como se fossem de marcas conhecidas.  De acordo com o delegado Frederico Maciel, as peças vem da China e os criminosos fazem as marcações.  O homem suspeito de chefiar o grupo está foragido, por não ter sido encontrado durante as buscas, em que a polícia tinha um mandado de prisão preventiva.

AA polícia investiga também as pessoas que compravam as peças, visto que o preço era dois terços menor que o normal do mercado, e as pessoas sabiam que as peças não eram ilegais. E apesar do “desconto” às revendedoras, os produtos marcados e embalados pelo grupo eram vendidos ao consumidor final pelo “preço cheio” de peças originais.

O caso foi denunciado pela Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF), que também vem acompanhado a atuação do grupo.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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