GCM encontra homem suspeito de matar duas filhas para se vingar de traição

traição

Um homem suspeito de matar as filhas para se vingar de uma traição da esposa foi encontrado pela Guarda Civil Municipal de Goiânia (GCM) em uma mata. Ele estava foragido desde a noite de ontem, segunda-feira, 22. O crime chocou a população de Santo Antônio de Goiás, a 28 quilômetros de Goiânia, onde a família morava. Ele teria esfaqueado e trancado as duas jovens dentro do veículo e ateado fogo. As meninas imploraram ao pai para não serem mortas.

 

O suspeito foi levado à Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH) e será autuado em flagrante por homicídio. De acordo com o delegado responsável pela investigação, Humberto Teófilo, o pai das crianças de 4 e 8 anos de idade ligou para os avós das meninas avisando que cometeria o crime. Ao fundo, é possível escutar as menores chorando. Uma da filhas teria pedido ao pai para urinar.  Os corpos carbonizados das vítimas já  foram identificados pela mãe no Instituto Médico Legal (IML) de Goiânia.

 

“As meninas estavam gritando ‘não faz isso’. Os avós estavam desesperados quando pararam a viatura para pedir ajuda. Ele normalmente não busca as crianças no colégio, ontem ele foi. Então ele pegou as duas lá e não voltou para casa. Elas pediram para não serem mortas”, declarou o delegado em entrevista ao G1 Goiás.

 

O motorista de aplicativo Ramon teria agredido a esposa pela suposta traição antes de usar o carro dela para buscar as filhas na escola e executar o plano de vingança na GO-462, próximo à Santo Antônio de Goiás. Vizinhos disseram que o homem é conhecido por ser uma boa pessoa, pela calma e pelo histórico de anos como frequentador de uma igreja evangélica da cidade. A irmã do suposto autor afirmou que a cunhada havia pedido o divórcio há cerca de um mês, mas decidiram tentar uma reconciliação. Ele estaria até seguindo um jejum religioso.

 

 

 

 

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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