PC conclui investigações sobre o incêndio que matou adolescentes

A Polícia Civil apresentou nesta segunda-feira (27) a conclusão das investigações acerca do incêndio que vitimou 10 adolescentes. O fato ocorreu no centro de internação provisória para menores do 7º Batalhão da Polícia Militar, no setor Jardim Europa, no último dia 25 de maio, em Goiânia.

Na investigação concluiu-se que os trabalhadores do local foram negligentes. Segundo o delegado Wellington Carvalho, líder das investigações, os funcionários só começaram a jogar água na cela, quatro minutos após o início do fogo e os bombeiros só foram avisados 17 minutos após, quando nove vítimas já haviam sido notadas.

A conclusão foi possível com base na análise das imagens das câmeras de vigilância do pátio do batalhão. Nas cenas, é possível ver os funcionários passando várias vezes pelo local antes de tomar uma atitude. Nos depoimentos, os envolvidos alegaram estar procurando por extintores de incêndio. Esse ponto não foi conclusivo. Segundo o delegado, algumas pessoas disseram ter extintores no local e outras disseram que não. Entretanto, o incêndio pôde ser contido com baldes de água e mangueira, como ocorreu.

Treze pessoas serão indiciadas dez vezes, relativo ao número de vítimas, por homicídio culposo (art. 121 § 3º). Entre eles estão a coordenadora geral Sany Silvano Nogueira, os agentes de segurança Alexandre Trindade Rodrigues, Cláudio Junio de Souza, Edgar Souza de Oliveira e Wesley Anderson Vera da Silva. Além dos educadoras Antônia de Jesus Santo, Benedita Fernandes Moreira, Cristiane de Almeida Porto, Jéssyca Grilo Lopes, Lívia Cardoso Cunha de Melo, Maria Helena Mendonça Moreira, Marise Gomes da Silva e  Rosimeire Socorro dos Santos Rocha.

Relembre 

Adolescentes internos do 7º BPM atearam fogo em um colchão na Ala A, dando início ao incêndio. A intenção era protestar contra um procedimento do local. Entretanto, o fogo se alastrou e tomou conta da cela.

Eles teriam sido avisados que haveria um remanejamento dos internos para outras celas, tendo em vista que o “entrosamento” entre os presos estava ficando forte e começando a causar problemas.

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Torcedores jogam cabeça de porco em jogo de Corinthians x Palmeiras

Durante a vitória do Corinthians por 2 a 0 sobre o Palmeiras na Neo Química Arena, em São Paulo, um incidente chocante marcou o jogo. Torcedores do Corinthians lançaram uma cabeça de porco no campo, gerando grande controvérsia e indignação.

Segundo testemunhas, o incidente ocorreu começou antes do início do jogo, quando a cabeça de porco foi arremessada por um homem em uma sacola por cima das grandes do setor sul.

A Polícia Civil solicitou ao Corinthians o acesso às imagens da câmera de segurança para identificar todos os responsáveis pelo ato. Dois torcedores foram levados ao Juizado Especial Criminal (Jecrim) e, após depoimentos, foi proposto uma transação penal no valor de R$ 4 mil ao Ministério Público, mas eles não aceitaram e negaram ter participado do ato.

Um dos suspeitos da provocação foi identificado como Rafael Modilhane, que teria comprado e arquitetado o ataque ao time rival. Um vídeo compartilhado nas redes sociais mostra que o torcedor comprou o item em um açougue e mencionou o plano para jogar a cabeça no gramado.

“Sabe aquela cabeça de porco que postei mais cedo? Vocês vão ver o que vai acontecer com ela. A gente é louco mesmo. Se for para mexer com o psicológico de vocês [jogadores], nós vamos mexer.”, afirmou Modilhane.

Confira o vídeo:

Pelo artigo 201 da nova Lei Geral do Esporte, os torcedores envolvidos podem responder por “promover tumulto, praticar, incitar a violência e invadir local restrito aos competidores, com possível penas de até seis meses de prisão ou multa”. Cabe agora a decisão do Ministério Público se a denúncia será realizada ou voltará ao Drade para novas investigações.

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