PC investiga empresa que aplicou golpe de R$ 1,2 milhão com móveis de luxo

A Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon) – em conjunto com a Delegacia Regional de Polícia de Rio Verde, Itumbiara e Mineiros – deflagrou, na manhã desta terça-feira (15), a Operação Pinocchio. O objetivo é separar um conglomerado de empresas sob a denominação ”’Spazi Design”, acusadas de vender móveis de luxo e não entregar para os clientes, mesmo após receber os pagamentos.

Foram cumpridos dois mandados de prisão contra os sócios proprietários das empresas envolvidas e apreensão de valores em contas bancárias, bem como de outros pertences dos sócios.

Segundo à polícia, a apuração apontou fatos delituosos no envolvimento da empresa com outras lojas em várias cidades do Estado de Goiás. As lojas ofertavam aos clientes produtos e serviços de marcenaria de luxo, os quais não eram entregues, mesmo após o pagamento. Logo, os valores recebidos pela empresa eram acrescentados ilicitamente ao patrimônio dos investigados.

Até o momento, é calculado um prejuízo aos consumidores de aproximadamente R$ 1.200.000,00. Os investigados foram presos pelos crimes contra as relações de consumo, estelionato e outros delitos conexos que possam ainda surgir. Eles estão sob o Poder Judiciário e aguardam agora a decisão da Justiça.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp