Peão de rodeio que matou mulher a facadas em Britânia está foragido

Samara Messias de Lima, de 26 anos, foi morta a facadas por Werico dos Santos Lemes, em Britânia

A Polícia Civil de Goiás está em busca de informações que possam levar ao paradeiro do peão de rodeio Werico dos Santos Lemes, 37 anos, suspeito de cometer feminicídio contra Samara Messias de Lima, de 26 anos, na cidade de Britânia. Segundo a polícia, foram pelo menos 10 facadas por todo o corpo. O crime ocorreu na madrugada de 13 de abril deste ano.

Autor e vítima eram ex-namorados e tinham dois filhos, de 7 e 9 anos. O motivo do crime seria ciúmes. Segundo relatos, o novo namorado de Samara testemunhou o momento em que ela foi atacada por Werico. Após buscar os filhos na casa do ex-marido, ela foi surpreendida por uma série de ligações insistentes dele, desejando discutir o relacionamento.

Segundo as investigações, a mulher e o peão ficaram juntos por cerca de 12 anos, mas estavam separados há 3 meses, porque Samara estava cansada de ser agredida fisicamente. Samara, então, pediu para o novo namorado sair da casa, para que ela conversasse com o ex. O homem concordou e foi embora.

O namorado de Samara contou à Polícia Militar que a jovem implorou para que ele não a deixasse morrer, quando a encontrou após ela ter sido atacada pelo ex. Pouco tempo depois foi informado de que ela estava gravemente ferida. Apesar de ter sido levada imediatamente ao hospital, Samara não resistiu aos ferimentos.

Diante da gravidade dos fatos, a autoridade policial solicitou a prisão preventiva de Werico, a qual foi prontamente concedida pelo Poder Judiciário. Desde então, a polícia tem realizado buscas intensivas para localizar e deter o suspeito, porém, até o momento, ele permanece foragido.

 

 

 

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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