PEC das drogas será pauta da Câmara nesta semana

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/2023 que criminaliza a posse ou o porte de qualquer quantidade de droga será analisada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados na próxima terça-feira ,4. A proposta foi aprovada no Senado no dia 16 de abril como uma reação do Congresso ao julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) que prevê a descriminalização do porte de maconha.

A PEC acrescenta um inciso ao art. 5º da Constituição para considerar crime a posse e o porte de qualquer quantidade de drogas sem autorização ou em desacordo com a lei. Segundo a proposta que vem do Senado, deve ser observada a distinção entre o traficante e o usuário pelas circunstâncias fáticas do caso concreto, aplicando aos usuários penas alternativas à prisão, além de tratamento contra a dependência.

Na CCJ da Câmara, o relator é o deputado federal Ricardo Salles (PL-SP). A expectativa é que o parlamentar apresente seu parecer sobre o tema na terça. Em seguida, é possível que qualquer deputado peça vista, o que deve adiar a votação do tema por, no mínimo, duas sessões do plenário da Câmara. Se aprovada na CCJ, a PEC segue para análise do plenário.

O autor da PEC é o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que apresentou a proposta em setembro de 2023, quando o placar a favor da descriminalização do porte de maconha estava 5 a 1 no STF. No plenário do Senado, a medida foi aprovada por 53 votos favoráveis e apenas nove contrários.

O relator no Senado, Efraim Filho (União-PB), defendeu que a descriminalização da maconha poderia agravar os problemas do país. “A simples descriminalização das drogas, sem uma estrutura de políticas públicas já implementada e preparada para acolher o usuário e mitigar a dependência, fatalmente agravaria nossos já insustentáveis problemas de saúde pública, de segurança e de proteção à infância e juventude”, disse.

A proposta sofre resistência de parte dos parlamentares, de especialistas e movimentos sociais. Para a organização Human Rights Watch (HRW), a medida é um retrocesso na política de drogas do país.

“Em vez de cimentar uma política fracassada na Constituição, os parlamentares deveriam seguir o exemplo de muitos outros países, descriminalizando a posse de drogas para uso pessoal e desenvolvendo estratégias de saúde eficazes para prevenir e responder ao uso problemático de entorpecentes”, disse a pesquisadora da HRW, Andrea Carvalho.

Entenda

A chamada PEC das drogas foi uma reação do Congresso Nacional ao julgamento que ocorre no STF desde 2015.

O Supremo analisa a constitucionalidade do Artigo 28 da Lei das Drogas (Lei 11.343/2006), que cria a figura do usuário, diferenciado do traficante, que é alvo de penas mais brandas. Para diferenciar usuários e traficantes, a norma prevê penas alternativas de prestação de serviços à comunidade, advertência sobre os efeitos das drogas e comparecimento obrigatório a curso educativo para quem adquirir, transportar ou portar drogas para consumo pessoal.

A lei deixou de prever a pena de prisão, mas manteve a criminalização. Dessa forma, usuários de drogas ainda são alvos de inquérito policial e processos judiciais que buscam o cumprimento das penas alternativas.

No caso concreto que motivou o julgamento, a defesa de um condenado pede que o porte de maconha para uso próprio deixe de ser considerado crime. O acusado foi detido com três gramas de maconha.

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Suspeita atropela grávida aguardando marido: prisões por tentativa de homicídio e aborto.

VÍDEO: Grávida é atropelada pela amante do marido enquanto aguardava o homem voltar para casa, diz polícia

Suspeita foi presa por tentativa de homicídio qualificado e tentativa de aborto. Marido também foi preso por ajudá-la a fugir, segundo polícia.

Grávida é atropelada pela amante do marido, diz polícia
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Amante de um homem é presa suspeita de tentar matar a esposa dele, que está grávida, em Luziânia, região do Entorno do Distrito Federal. Um vídeo mostra o momento em que a vítima, que aguardava o marido, tenta fechar o portão ao ver o carro acelerando na direção dela – assista acima. A amante então bateu o carro contra o portão, que caiu sobre a grávida.

O DE não localizou a defesa da suspeita até a última atualização da reportagem.

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A suspeita foi presa na quinta-feira (12) por tentativa de homicídio qualificado e tentativa de aborto. As investigações mostraram que o marido da vítima, que mantinha um relacionamento extraconjugal com a suspeita, a ajudou a fugir, levando-a para a casa da mãe, em Goiânia, onde ela se escondeu. Ele também foi preso.

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O crime ocorreu no dia 16 de setembro. Segundo a investigação, a amante atingiu intencionalmente o portão da casa da vítima. A Polícia Civil informou que, apesar dos ferimentos graves, a mulher e o bebê estão bem.

1 de 1 Amante é presa suspeita de tentar matar mulher grávida, em Luziânia — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Amante é presa suspeita de tentar matar mulher grávida, em Luziânia — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

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