Peças do patrimônio histórico do Peru, oriundas do período pré-hispânico (entre 700 d.C. e 900 d.C.), que estavam sendo vendidas ilegalmente na web, foram encontradas e recuperadas em Florianópolis, Santa Catarina. A descoberta foi feita durante uma investigação da Polícia Federal, que resultou na entrega dos artefatos ao cônsul honorário do Peru, Luiz Henrique Costa Lima.
Esta ação possibilitou a recuperação de três importantes peças históricas e culturais do Peru, e o início das apurações para identificar a origem e o modo como essas relíquias arqueológicas foram retiradas de seu local devido. A denúncia que desencadeou as investigações partiu do Ministério da Cultura do Peru, demonstrando a importância da colaboração entre os países para a preservação de seu patrimônio.
Durante o desenrolar das investigações, os objetos foram localizados na residência de um colecionador, que afirmou tê-los adquirido de outra pessoa e apresentou um recibo de compra. Diante disso, o responsável pela comercialização das peças foi indiciado por receptação, configurando o crime previsto pelo artigo 180 do Código Penal Brasileiro.
Apesar da importância da descoberta e da ação policial, não há informações precisas sobre o local de origem das peças nem sobre sua destinação correta. O G1 buscou contato com o Consulado do Peru no Brasil, mas não obteve retorno até o momento da última atualização desta notícia.
As peças do período pré-hispânico, que foram recuperadas em Florianópolis, foram entregues ao cônsul honorário na Delegacia de Repressão aos Crimes contra o Meio Ambiente e Patrimônio Histórico da Superintendência da Polícia Federal. O próximo passo será a repatriação dos artefatos ao país de origem, visando preservar e respeitar a história e a cultura do Peru.
Através do trabalho conjunto entre autoridades brasileiras e peruanas, foi possível evitar a continuidade da venda ilegal dessas peças históricas valiosas na internet. A iniciativa reforça a importância da cooperação internacional na proteção do patrimônio cultural e histórico de países como o Peru e a necessidade de medidas firmes contra o tráfico ilegal de artefatos.