Pedido de Tombamento do Complexo Beira-Rio de Piracicaba (SP) pelo Iphan: tudo sobre o caso e os próximos passos a seguir

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O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) recebeu recentemente um pedido de tombamento do Complexo Beira-Rio de Piracicaba (SP), conforme apurou DE. A solicitação se refere a uma extensa área que abrange 19 imóveis de interesse histórico, artístico e paisagístico, sendo analisada em fase de instrução técnica pelo corpo técnico da Instituição. Essa área já é protegida pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Piracicaba.

O pedido de tombamento foi motivado pelo projeto de construção de um empreendimento imobiliário na região onde uma antiga fábrica de tecidos, em frente à passarela de acesso ao Engenho Central, funcionava em Piracicaba. Esse local é um dos principais pontos turísticos da cidade. A decisão final sobre o tombamento cabe ao Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Iphan.

O projeto de construção do empreendimento imobiliário particular foi indeferido pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) em 2023, levando em conta os impactos negativos que poderiam surgir na região. O projeto previa a demolição de seis dos 13 prédios da antiga fábrica, sendo tombados desde 2004 pelo Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Cultural de Piracicaba.

Durante uma audiência pública na Câmara de Piracicaba para debater a proposta de construção do empreendimento, questões sobre o acesso público ao espaço, o impacto das torres de 29 andares e as contrapartidas oferecidas pela empresa responsável foram discutidas. Manifestações contrárias à construção do empreendimento também foram realizadas, pedindo a revogação do projeto.

A empresa responsável pelo projeto defende que o empreendimento segue rigorosamente a legislação vigente e busca proteger o patrimônio histórico da região, oferecendo benefícios econômicos e sociais para a cidade. A empresa destaca que a proposta foi aprovada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural e está alinhada com a harmonia entre passado e futuro.

A altura das torres do projeto é um dos pontos de destaque, sendo que a torre mais alta do residencial Boyes está abaixo do limite legal exigido pela legislação municipal. A empresa enfatiza a importância de preservar o remanescente industrial integrante do patrimônio cultural de Piracicaba. Ainda não houve aprovação do projeto para construção, aguardando avaliação dos órgãos competentes.

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