Pedidos de pensão feitos por vítimas do Césio-137 devem ser julgados em até 90 dias, diz TRF1

Pedidos de pensão feitos por vítimas do Césio-137 devem ser julgados em até 90 dias, diz TRF1

A Primeira Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), sediado em Brasília, decidiu que os pedidos de pensão feitos por vítimas do Césio-137 sejam julgados em até 90 dias.

A decisão foi tomada pelo desembargador federal Souza Prudente, que atendeu o pedido do Ministério Público Federal (MPF), que visa garantir assistência às vítimas do acidente radioativo, ocorrido em Goiânia no ano de 1987 – considerado o pior acidente nuclear já registrado no país.

Para o MPF, o Estado de Goiás negligenciou o atendimento às pessoas que tiveram contato com a radioatividade do Césio-137, após descumprir o prazo máximo de 60 dias entre o protocolo do pedido administrativo de concessão de pensão e a realização da perícia médica oficial.

A situação, conforme o órgão, pode causar danos irreparáveis aos beneficiários, visto que o estado não foi transparente sobre a análise e julgamento dos pedidos, fazendo com que a população que depende do benefício fique sem saber como está a tramitação do seu processo.

Perícia

Com a decisão do desembargador, o estado também deve disponibilizar um número adequado de servidores para realizar a perícia. Além disso, Goiás deve garantir pelo menos um médico psiquiatra no quadro clínico da Superintendência Leide das Neves Ferreira (Suleide) para acompanhar as vítimas do acidente radioativo.

O profissional também dará auxilio técnico a Junta Médica Oficial nas perícias e na elaboração de laudos médicos de pedidos de pensão.

Lei

Uma lei de 1996 garante a concessão de pensão especial às vítimas do Césio-137. Para ter esse direito, é preciso comprovar que a pessoa teve contato direto com a substância radioativa ou que se enquadra nos percentuais de contaminação. Ou, ainda, que a vítima teve sequelas tão graves, que não consegue trabalhar ou estudar. Tudo isso deve ser comprovado por exames feitos por uma junta médica oficial, com supervisão do Ministério Público Federal.

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PF investiga general ligado ao governo Bolsonaro por imprimir plano para matar Moraes, Lula e Alckmin no Planalto

A Polícia Federal (PF) revelou que o general Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência e ex-ministro interino do governo Bolsonaro, teria impresso no Palácio do Planalto um “plano operacional” para assassinar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin. Denominado “Punhal Verde e Amarelo”, o plano de três páginas foi encontrado no gabinete da Secretaria-Geral. Fernandes foi preso na manhã desta terça-feira (19).

De acordo com a PF, o documento, salvo sob o título “Plj.docx” (referência à palavra “planejamento”), detalhava a execução do plano. Além disso, outros arquivos sensíveis, como “Fox_2017”, “Ranger_2014” e “BMW_2019”, foram localizados na pasta “ZZZZ_Em Andamento”, que a polícia interpretou como um indício de que as ações estavam em fase ativa. Curiosamente, os nomes dos arquivos remetiam a veículos pessoais do general, segundo o relatório policial.

A defesa de Mário Fernandes ainda não se pronunciou sobre o caso.

Operação e alvos

A operação desta terça-feira prendeu quatro militares e um policial federal, todos investigados por ligação com um suposto grupo denominado “Kids Pretos”, formado por integrantes das Forças Especiais. O grupo é acusado de planejar o assassinato de lideranças políticas após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

Ao todo, a operação cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e determinou 15 medidas cautelares, incluindo a entrega de passaportes e a suspensão de funções públicas dos envolvidos. Entre os alvos estão Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo, além do policial federal Wladimir Matos Soares.

A investigação faz parte de um inquérito mais amplo que apura possíveis tentativas de golpe de Estado relacionadas à eleição de 2022.

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