Um mestre de obras de 44 anos foi morto a marretadas enquanto dormia em Rio Verde, região sudeste de Goiás. De acordo com a Polícia Militar (PM), o suspeito é um morador em situação de rua que a vítima abrigou em uma construção. O caso ocorreu na manhã desta terça-feira,7, após uma briga entre o suspeito e o pedreiro, que percebeu a ausência do celular e questionou o autor. A polícia foi acionada por uma testemunha, que também trabalhava no local.
Conforme o delegado do caso, Adelson Candeo, a vítima teria indicado o suspeito para fazer parte da equipe que realizava a obra. Como o estado enfrenta o período chuvoso, o mestre de obras também convidou o acusado para se abrigar no local, por medo do homem se molhar durante à noite.
A vítima e um outro funcionário, além do autor, dormiam no local para evitar roubos, já que a construção tinha sido furtada outras vezes.
“O suspeito estava trabalhando há alguns dias na obra e foi convidado pela vítima a dormir no local naquela noite. Por ser um período chuvoso, a vítima ficou com pena. A vítima e a testemunha dormiam na obra porque o local vinha sendo furtado. O homem, ao perceber que havia sido furtado, comunicou a testemunha. Momentos depois, a testemunha foi acordada pelo suspeito que confessou ter matado a vítima com várias marretadas no rosto e na cabeça”, relatou delegado.
A polícia foi acionada pela testemunha, nesta ocasião, o autor fugiu do local, mas foi preso momentos depois e encaminhado ao presídio de Rio Verde. O suspeito poderá responder por homicídio duplamente qualificado.
Código Penal Brasileiro
O homicídio qualificado ocorre quando o responsável pelo crime tem a intenção de matar por um motivo específico. É o caso de crimes de ódio, seja por discriminação religiosa, racial ou sexual.
Outros casos que se enquadram nesse tipo de homicídio são os de envenenamento, encomenda de assassinatos com recompensa, emprego de explosivos ou fogo, tortura, asfixia, emboscadas, entre outros.
Quando o homicídio é qualificado, a punição inicial dobra e passa para 12 anos, podendo ultrapassar os 30 anos de reclusão, de acordo com as qualificadoras do crime.