Pedreiro presidente ganha R$ 2 mil em empresa de R$ 59 milhões do RJ: disputa de contratos públicos suspeita

Pedreiro de empresa que recebeu R$ 59 milhões do Governo do RJ assina contratos como presidente e ganha R$ 2 mil: ‘Faço os dois’

Antônio Calos declarou à Justiça ter dificuldades de sustentar sua família, mas sua empresa fechou um contrato, sem licitação, de R$ 6 milhões, com a Fundação Saúde. A empresa é suspeita de integrar grupo econômico, com indícios de competição simulada para a disputa de contratos públicos.

O pedreiro Antônio Carlos dos Santos Silva, que declarou à Justiça não ter condições financeiras para sustentar sua própria família, é o presidente de uma empresa que recebeu R$ 59 milhões do Governo do Estado do Rio de Janeiro.

A empresa, que fechou recentemente um contrato, sem licitação, de R$ 6 milhões com a Fundação Saúde, é suspeita de integrar um grupo econômico, com indícios de competição simulada para a disputa de contratos públicos.

Em contato com a equipe do RJ2, Antônio Carlos afirmou que trabalha na empresa de construção Jesban, com salário bruto de R$ 2 mil. Ele disse acumular as funções de mestre de obra e presidente da empresa.

Na ligação, Antônio Carlos também foi questionado pela reportagem o motivo de ter um salário menor do que de outros funcionários com cargos inferiores ao de presidente. Contudo, ele desligou o telefone nesse momento e não atendeu mais aos contatos feitos pela equipe do RJ2.

Em setembro, Antônio Carlos assinou como presidente da Jesban o contrato de R$ 6 milhões com a Fundação Saúde.

Mesmo sendo o responsável pela empresa milionária, o pedreiro mora em uma casa humilde, no município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, uma região marcada por constantes alagamentos.

A folha de pagamento da Jesban mostra que Antônio Carlos recebe R$ 2 mil por mês. Líquido, o salário do presidente da empresa é de R$ 1,7 mil.

Um levantamento feito pelo RJ2 mostra que o presidente da Jesban ganha menos do que vários de seus subordinados na empresa. O “chefe” recebe menos que o serralheiro, o bombeiro gasista, o carpinteiro e bem menos que o engenheiro civil. O salário de Antônio Carlos como presidente é até mais baixo de quem tem a mesma profissão que ele: pedreiro.

Na Justiça do Trabalho, a Jesban, presidida por Antônio Carlos, é suspeita de participar de um grupo econômico com outra empresa, a Ágabo.

A equipe do RJ2 descobriu que as duas empresas já tiveram o mesmo telefone. Funcionários disseram que elas funcionavam no mesmo lugar. Contudo, essas empresas competiram por contratos da Fundação Saúde.

O entendimento de tribunais de contas é de que, quando empresas ligadas entre si participam de uma disputa, há indícios de competição forjada.

A Jesban e a Ágabo disputaram a contratação da Fundação Saúde para realizar obras em um hospital no interior do estado. A empresa no nome de Antônio Carlos foi a escolhida, por mais de R$ 4 milhões.

Além do endereço e do telefone, as duas empresas possuem outros pontos em comum. As duas têm o mesmo contador, Edilson Conrado Ferreira Junior, que preencheu um relatório do Ministério da Fazenda pela Ágabo. Também é ele que cuida da Jesban na Junta Comercial do Rio.

A advogada das duas firmas também é a mesma. Ana Cristina Machado Rodrigues é representante legal das duas empresas. Ela também já defendeu na Justiça o dono da áÁgabo: Márcio de Andrade Feital.

Em nota, a Fundação Saúde informou que a empresa Jesban cumpre os requisitos e apresentou os atestados de capacidade técnica necessários para a execução dos serviços. o órgão disse ainda que, de acordo com os contratos sociais apresentados à fundação, a Jesban e a Ágabo possuem sócios distintos e funcionam em municípios diferentes.

A Fundação Saúde declarou ainda que desde que a nova diretoria assumiu, iniciou a revisão de todos os contratos vigentes.

As empresas Jesban e Ágabo não nos responderam, assim como o escritório de contabilidade de Edilson Conrado Ferreira Junior.

A reportagem não conseguiu contato com a advogada Ana Cristina Machado Rodrigues e com o empresário Márcio Feital.

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Possível show de Lady Gaga no Rio de Janeiro em 2025 gera expectativas

O prefeito Eduardo Paes, do PSD, compartilhou em suas redes sociais no último domingo o clipe de “Bad Romance”, um dos primeiros sucessos de Lady Gaga, com uma mensagem encorajadora: “Calma aí, gente! Vai dar certo! Pra que tanta ansiedade?”. A publicação trouxe à tona a especulação sobre a possível apresentação da estrela em um evento futuro.

Essa postagem reacendeu o interesse dos seguidores do prefeito sobre a provável participação de Gaga em 2025, apesar de ainda não haver confirmação oficial da Prefeitura do Rio de Janeiro. A notícia de que a renomada artista internacional seria atração de um show em Copacabana foi inicialmente divulgada pelo colunista Lauro Jardim, do Jornal O Globo, no final de novembro.

Os rumores ganharam força quando o prefeito Eduardo Paes revelou que outra atração internacional também se apresentaria em Copacabana em maio, coincidindo com a época do show de Madonna em 2024. Em uma entrevista à CBN, Paes mencionou que estava sob acordo de confidencialidade para não divulgar informações antes do anúncio oficial, mas indicou que grandes eventos estavam programados para a região nos próximos anos.

Lady Gaga, por sua vez, expressou sua saudade e afeto pelo Brasil em uma entrevista ao Fantástico durante o lançamento do filme “Coringa 2” em outubro. A última vez que a cantora esteve no país foi há doze anos com a turnê Born This Way, deixando uma profunda marca no público brasileiro.

Embora a expectativa em 2017 para sua participação no Rock in Rio tenha sido frustrada devido a problemas de saúde, Lady Gaga revelou que guarda lembranças especiais da interação com os fãs brasileiros e está ansiosa para retornar. A notícia de uma possível nova apresentação da estrela em solo brasileiro certamente trouxe entusiasmo não apenas aos fãs, mas também aos espectadores ansiosos por grandes eventos de entretenimento.

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