Pela segunda vez em dois meses, sobe o valor do pedágio nas BRs -153 e 060

A partir do próximo domingo (03), os motoristas que passarem por trechos de rodovias federais em Goiás pagarão mais pelo pedágio. Alguns trechos concedidos para a Triunfo Concebra serão reajustados em mais de 100%. A justificativa seria a readequação de investimentos feitos pela concessionária.

Os novos valores para trafegar por Alexânia, Goianápolis, na BR-060, e Professor Jamil, Itumbiara e Prata, na BR-153, assustaram os motoristas. Em um deles, em Itumbiara, o preço saltou de R$3,90 para R$9 para carro de passeio. A trinfo segue com a responsabilidade das rodovias até novembro de 2023.

O aumento ocorre pela terceira vez, já que houve após dois meses de aplicação de novos valores e sete meses após o primeiro. A nova tabela é autorizada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para cobrir os custos da concessionária e de acordo com a Triunfo também servem para contornas transtornos fiscais, econômicos e financeiros causados pelo governo federal.

O Ministério Público Federal de Goiás vem cobrando um cronograma de obras de conservação e reparos dos trechos em concessão no estado, principalmente com a notícia de prorrogação do contrato de concessão por mais 20 meses e da autorização de aumento da tarifa de pedágio vigente.

Confira  a nova tabela de valores do pedágios das rodovias BR-60 e BR-153:

 

PRAÇAS ANTES DO REAJUSTE (apenas para carro de passeio) A PARTIR DE 03 DE ABRIL (apenas para carro de passeio)
Alexânia (BR-060/KM 43,1) R$ 3 R$ 6,90
Goianápolis (BR-060/KM 107,9) R$ 2,2 R$ 5,10
Professor Jamil R$ 3,20 R$ 7,40
Itumbiara (BR-153/KM 665,8) R$ 3,90 R$ 9
Prata (BR-153/KM 127,9) R$ 3,40 R$ 7,90

Fonte: Triunfo Concebra

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp