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Pelo quarto ano consecutivo, nenhuma vacina para crianças atinge meta de cobertura, em Goiás

Última atualização 05/09/2022 | 17:56

Desde 2019, as vacinas básicas para as crianças goianas não alcançam a cobertura mínima prevista pelo Ministério da Saúde. A meta, dependendo do tipo de imunização, varia de 90% a 95%. O índice mais elevado nos últimos quatro anos não chegou a 89%. A preocupação com a saúde das crianças ocorre pela chegada de novos vírus, como o da varíola dos macacos, e pelo crescimento de fake news sobre imunizantes.

Os números divulgados pela Secretaria Estadual da Saúde de Goiás (SES-GO) apontam que os indicadores de coberturas vacinais no Brasil e no Estado demonstram redução importante desde o ano de 2012. A pasta atribui a queda a três motivos: percepção de segurança, devido ao desaparecimento de doenças imunopreveníveis, compartilhamento de notícias falsas referentes às vacinas e dificuldade de acesso da população às salas de vacina.

Na lista de doses necessárias oferecidas gratuitamente pelo Sistema único de Saúde (SUS) para o público infantil estão BCG, rotavírus humano, meningocócica C, pentavalente, pneumocócica 10 valente, poliomielite, febre amarela, hepatite A, tríplice viral e tetraviral. Para tentar alavancar a quantidade de crianças imunizadas, as prefeitura estão adotando estratégias de levarem as vacinas até as escolas, assim como ocorreu quando começou a ser oferecida a imunização contra covid.

Os alunos da educação infantil da rede pública de Aparecida de Goiânia que receberam autorização dos pais por escrito poderão ser vacinadas na presença deles nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEI’S) e nas escolas da cidade. O público alvo são as crianças de 06 meses a menores de 5 anos de idade.

No mês passado, a SES-Goiás deu início à Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e de Multivacinação para Atualização da Caderneta de Crianças e Adolescentes. O objetivo é reduzir o risco de transmissão de doenças imunopreveníveis, como a paralisia infantil, sarampo, catapora e caxumba. 

Dois anos depois da concessão do Certificado de País Livre do Sarampo, com a circulação do vírus dessa doença e a transmissão por mais de 12 meses consecutivos, o país perdeu essa certificação. De 2019 a 2020, foram 20 casos notificados e no estado  e um caso da enfermidade, em Santa Helena de Goiás.