Perícia apura causa de incêndio em lojas na Vila Canaã

Duas perícias do Corpo de Bombeiros e da Polícia Técnico Científico serão realizadas na manhã desta quarta-feira (16) para apurar o incêndio em lojas da Avenida Salvador Batalha, na Vila Canaã. O acidente aconteceu na tarde de terça-feira (15) e nove estabelecimentos foram atingidos, mas ninguém ficou ferido.

Segundo informações do major Hélio Gonzaga Júnior, que comandou o trabalho de combate ao fogo, o fogo pode ter sido causado por um curto-circuito em uma loja de peças. “O incêndio começou na parte do mezanino. Já foi acionado o Serviço de Investigação de Incêndios do Corpo de Bombeiros, visando também fazer este levantamento para que a gente possa estar levantando as causas do incêndio. Tudo indica que possa ser um curto-circuito”, declarou em entrevista à TV Anhanguera.

Conforme os bombeiros, o fogo só foi controlado quatro horas depois do início dos focos. Foram utilizados 11 veículos e 35 militares no combate ao fogo.

A maioria dos estabelecimentos afetados estavam com irregularidades nas normas de segurança e prevenção de incêndios, segundo os Bombeiros. Além disso, as lojas não possuíam a documentação necessária para funcionar. A Defesa Civil foi acionada e vai avaliar quais delas poderão voltar a funcionar.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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