Perícia inicial identifica ligação clandestina de energia em galpão incendiado no RJ

Incêndio no RJ Revela Ligação Clandestina

Uma perícia inicial identificou uma ligação clandestina de energia na fábrica de fantasias de Carnaval que pegou fogo na manhã de quarta-feira, 12 em Ramos, na zona norte do Rio de Janeiro. O incêndio deixou ao menos 22 pessoas internadas em hospitais.

Hélio Araújo de Oliveira, 41, dono da Maximus Confecções, afirmou que, neste momento, está concentrado no estado de saúde das vítimas. “Hoje todos os meus esforços estão com as vítimas que ainda se encontram hospitalizadas. Depois que todos estiverem de alta em casa, eu começo a pensar no resto”, declarou.

Oliveira será chamado para prestar depoimento no inquérito que investiga não apenas o incêndio, mas também o suposto furto de energia. A perícia final ainda não foi concluída. Durante a investigação, um computador e telefones foram apreendidos sem avarias e serão analisados.

O espaço, com cerca de 500 metros quadrados e três andares, não possuía alvará de funcionamento do Corpo de Bombeiros, segundo a corporação. No entanto, de acordo com o prefeito Eduardo Paes (PSD), a fábrica tinha alvará municipal.

No Hospital Estadual Getúlio Vargas, oito pessoas seguem internadas em estado grave, incluindo três homens e cinco mulheres, com queimaduras nas vias aéreas superiores devido à inalação de fumaça tóxica. Outras duas vítimas receberam alta nesta quinta-feira (13).

Segundo a Folha, as vítimas resgatadas estão Penha Regina Magalhães Souza, Kitima Regi da Silva Costa e Maria da Silva Batista, que foram as primeiras retiradas do galpão, segundo depoimentos de policiais militares. Os agentes estavam em uma viatura próxima ao local quando foram informados por um homem que o incêndio havia começado por volta das 7h30.

Os policiais relataram que, ao chegarem à fábrica, vizinhos já haviam acionado os bombeiros. A primeira ligação para a corporação foi registrada às 7h39. Oliveira se identificou como responsável pelo espaço e informou que havia pessoas dentro do prédio. Os agentes entraram no local ainda em chamas e resgataram três mulheres desmaiadas.

Outras vítimas foram identificadas na delegacia como Marcos Dias Coelho, Leda Faria, Maria Elisabete Gomes Faria, Sabrina Rosa Carvalho, Marlio Bastos, Ana Aparecida e Luciana Medeiros Oliveira.

Na tarde de quarta-feira, o prefeito Eduardo Paes e secretários municipais visitaram a confecção. Paes afirmou que pretende levantar dados sobre espaços similares na cidade para evitar novas tragédias. “Não era um prédio alto, mas o fato de estar tudo cercado impediu a saída das pessoas”, declarou.

Pelas redes sociais, o prefeito garantiu que as escolas de samba afetadas – Império Serrano, Unidos da Ponte e Unidos de Bangu – não correrão risco de rebaixamento neste ano.

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