Período chuvoso deixa Goiás em alerta para possíveis desastres naturais

Período chuvoso deixa Goiás em alerta para possíveis desastres naturais

Período chuvoso deixa Goiás em alerta para possíveis desastres naturais

Após quatro meses de intensa estiagem em Goiás, as chuvas chegaram e com elas os alertas de possíveis desastres naturais. Para os últimos meses do ano, a previsão é de tempestades e vendavais, que devem provocar alagamentos e deslizamentos, segundo o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo).

De acordo com o gerente da Cimehgo, o estado pode vivenciar, novamente, cenários ocorridos entre dezembro de 2021 e janeiro deste ano. À época, ao menos 17 cidades goianas decretaram situação de emergência. Além disso, as chuvas na região da Chapada dos Veadeiros deixaram cerca de mil famílias isoladas ou desalojadas. Estradas e pontes tiveram que ser interditadas por causa da cheia dos rios. Os moradores da região precisaram ser abrigados em lares temporários.

“Para esse ano, os nossos prognósticos apontam novamente em dezembro, janeiro e fevereiro, chuvas intensas. Nós estamos aí preocupados. Nossa primícia é salvar vidas, o restante não tem como evitar. Uma estrada vai desmanchar, casas vão desmanchar, cidades vão alagar….”, lamentou André.

Apesar dos danos materiais, o estado não registrou óbitos durante os desastres naturais ocorridos no ano passado. Isso porque o Cimehgo, a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros agiram rapidamente para evitar salvar as vítimas.

Prevenção de desastres naturais

Para esse ano, as equipes reforçaram as estratégias visando garantir a segurança dos goianienses, principalmente daqueles que moram próximos a locais propícios a deslizamentos de terra e enchentes, como os municípios das regiões Nordeste e Norte de Goiás.

Além disso, os trechos da GO-118, entre Alto Paraíso e Teresina de Goiás, onde houve uma erosão no leito da pista, foram recuperados. Assim como GO-447, Divinópolis à GO-118 (Monte Alegre); GO-452, Campos Belos à divisa com Tocantins; GO-549, entroncamento com a GO-447 e GO-118; GO-498, entroncamento com a GO-110 e GO-452; GO-110, São Domingos à Divinópolis; GO-236, de Flores de Goiás a Alvorada do Norte; GO-114, de Flores de Goiás ao entroncamento com a GO-239; GO-108, de Posse a Guarani de Goiás; e GO-241, de Cavalcante a Minaçu. As obras foram executadas pela Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra).

Em Goiânia, a Defesa Civil já monitora 21 pontos de risco, no entanto, os números aumentam em função dos números de chuvas. Em outubro do ano passado foram mais de 99 locais críticos.

“Essa quantidade oscila bastante, para menos ou para mais. Depende da quantidade de precipitação daquela localidade que a vai atender e visualizou algum tipo de problema. Seja ele de alto risco ou de risco moderado”, explica o Coordenador Executivo da Defesa Civil de Goiânia, Anderson Marcos de Souza.

Além disso, a Defesa Civil monitora outros pontos que podem entrar na lista de locais de possíveis riscos, seja alagamentos ou deslizamentos. Durante todo o período de estiagem de 2022, equipes da prefeitura já realizaram ações de prevenção como a poda de árvores, limpeza dos bueiros e galerias pluviais. Mas diante das previsões de tempestade, para o município, a Defesa Civil está em alerta.

“Estamos, neste momento, reunindo equipamentos necessários para que a gente possa fazer os atendimentos em conjunto com o Corpo de Bombeiros, Defesa Civil Estadual e outros”, explicou Anderson Marcos de Souza.

Poluição

Apesar de todos os trabalhos feitos, a Defesa Civil e Cimehgo afirmam que falta comprometimento por parte da população. Isso porque o descarte irregular de lixo é o principal causador de alagamentos, que inclusive, podem causar desastres.

“Aquele material que é descartado ali provoca o entupimento das bocas de lobo, além do aumento do nível da margem. Exemplo: a margem do Rio Meia Ponte quando ele extrapola a caixa, aquela água que ficava armazenada ali numa bacia, na copia de inundação, ela retorna pra dentro das casas. Então se a gente for ilustrar com um desenho, é assustador”, explicou Anderson Marcos de Souza.

La Niña

O gestor da Cimehgo ressalta que Goiás ainda não entrou, de fato, no período chuvoso, e que os temporais já ocorridos e os previstos para os próximos 10 dias são resultado do fenômeno La Niña, que está ativo no país pelo terceiro ano consecutivo. Além disso, nesta sexta-feira, 7, uma frente fria chega ao estado, propiciando tempestades.

“Estamos atravessando o fenômeno La Niña, que tem um período de estiagem maior, mas quando vem o período de chuva, elas acontecem em formato de tempestade. Ou seja, um alto volume de água, em pouco tempo. Não é aquela chuva contínua, quando tem uma maior absorção do solo. É uma chuva que vem varrendo, bem mais forte, que pode ocasionar queda de árvores, inundações.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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