Perita Criminal de Caldas Novas arquitetou a simulação do próprio atentado, revela Polícia Civil

Segundo a Polícia Civil (PC), a perita criminal Káthia Mendes Magalhães, baleada na última quinta-feira (10), confessou ter planejado a simulação de um atentado contra si mesma. O objetivo, de acordo com a PC, seria conseguir afastamento da investigação sobre a morte do menino Davi Lucas de Miranda, de 8 anos, em parque aquático do Grupo DiRoma, em Caldas Novas. A perita havia sido a responsável pelo laudo do caso.

De acordo com a polícia, as primeiras testemunhas ouvidas disseram que foram procuradas pela perita, há um mês. Ela teria feito a proposta de forjar o atentado, mas, ainda segundo a PC, as testemunhas não aceitaram. No entanto, um outro homem, ex-servidor que trabalhava com Káthia, de acordo com a polícia, confessou ter atirado na perita a pedido dela. Ele disse ainda que a arma usada, um revólver calibre 32, foi entregue pela própria Káthia, no dia do suposto atentado.

Ainda segundo o que o homem relatou à polícia, no dia depois do crime, colocou a arma em um armário no posto de atendimento da Superintendência de Polícia Técnico-Científica (SPTC), em Caldas Novas, que era coordenado pela perita. Ela mesma teria entregado as chaves do armário a ele. Depois que ela confessou ter planejado o ataque a si mesma, a arma foi apreendida pelas equipes da Polícia Civil para perícia, assim como os pertences dela que, agora, é investigada.

Káthia Mendes Magalhães responderá criminalmente e administrativamente pela Polícia Científica, que, segundo a PC, colaborou com as investigações. Questionada se a perita havia sido presa, a Polícia Civil afirmou ao DE que “mais informações serão divulgadas em momento oportuno”.

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Policial Militar é indiciado por homicídio doloso após atirar em estudante de medicina

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que as câmeras corporais registraram a ocorrência. O autor do disparo e o segundo policial militar que participou da abordagem prestaram depoimento e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações. A investigação abrange toda a conduta dos agentes envolvidos, e as imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
 
O governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, lamentou a morte de Marco Aurélio por meio de rede social. “Essa não é a conduta que a polícia do Estado de São Paulo deve ter com nenhum cidadão, sob nenhuma circunstância. A Polícia Militar é uma instituição de quase 200 anos, e a polícia mais preparada do país, e está nas ruas para proteger. Abusos nunca vão ser tolerados e serão severamente punidos,” disse o governador.
 
O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Silva, avalia que há um retrocesso em todas as áreas da segurança pública no estado. Segundo ele, discursos de autoridades que validam uma polícia mais letal, o enfraquecimento dos organismos de controle interno da tropa e a descaracterização da política de câmeras corporais são alguns dos elementos que impactam negativamente a segurança no estado. O número de pessoas mortas por policiais militares em serviço aumentou 84,3% este ano, de janeiro a novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, subindo de 313 para 577 vítimas fatais, segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) até 17 de novembro.
 
O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do MPSP faz o controle externo da atividade policial e divulga dados decorrentes de intervenção policial. As informações são repassadas diretamente pelas polícias civil e militar à promotoria, conforme determinações legais e resolução da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

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