Após 38 dias de investigações, a perita criminal Kathia Mendes Magalhães, de 40 anos, foi indiciada nesta segunda-feira (18) por forjar atentado contra a própria vida. Ela atuava como coordenadora da Unidade de Polícia Científica de Caldas Novas. Para cometer o crime, a perita contou com ajuda de um servidor da prefeitura.
Agora, além de ser afastada de suas funções, Kathia deve responder pelos crimes de peculato, falsidade ideológica e porte de arma de fogo. Já seu ‘ajudante’, deve responder por tentativa de homicídio e porte ilegal de arma de fogo.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), um processo administrativo que está em andamento pode acarretar na exoneração da perita. Além disso, conforme o caso seja conduzido judicialmente e da decisão do juiz, ela pode ser presa. A pena para os crimes cometidos pode ultrapassar 20 anos de reclusão.
Falso atentado
No dia 10 de março, Káthia comunicou à polícia que havia sido atacada por dois homens em uma motocicleta e um deles teria efetuado um disparo de arma de fogo que atingiu o ombro dela.
Em depoimento, ela informou que suposto atentado ocorreu após ter sido fechada por um carro de faróis apagados. Em seguida, ela teria estacionado no acostamento, para verificar se o veículo estava danificado, quando foi surpreendida pelo criminoso.
No entanto, as investigações da Polícia Civil de Goiás (PC) apontam que, na verdade, a perita teria combinado com um ex-colega de fingir o atentado. O motivo seria conseguir a transferência do cargo para outra cidade.
Ainda de acordo com os investigadores, o servidor público atirou nela com um revólver que a própria profissional entregou para ele. O tiro teria sido dado de forma consentida. Diante das evidências, Káthia confessou o crime.